Projeto Bendita Mulheres à Obra transforma a construção civil
- Equipe Contramarco
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Com o objetivo de promover formação técnica, inclusão e valorização profissional, o projeto Bendita Mulheres à Obra tem se consolidado como uma iniciativa relevante no fortalecimento da mão de obra feminina na construção civil. Criado pela arquiteta Daiana Schuch, especialista em patologia das edificações, tecnologia de fachadas e revestimentos, o projeto busca devolver ao setor o valor da qualificação e da boa execução.
Mais do que uma ação voltada exclusivamente ao público feminino, o Bendita Mulheres à Obra nasce como resposta à escassez de profissionais qualificados e à falta de espaços acessíveis de capacitação. Segundo a idealizadora, o projeto entende que quando uma mulher tem oportunidade de aprender um ofício e ser valorizada por ele, conquista não apenas uma profissão, mas também autonomia financeira e emocional. “Cada mulher formada representa uma família mais estável, menos exposta à violência e mais inserida na economia produtiva”, afirma Daiana.

Cursos e formações
Os cursos oferecidos priorizam áreas de baixo custo e alto potencial de inserção no mercado, como pintura, acabamento e manutenção, segmentos que demandam técnica, atenção e capricho, qualidades frequentemente associadas ao olhar feminino. A proposta é ampliar gradualmente as formações e criar uma rede de capacitação acessível, que ofereça às participantes não só o aprendizado técnico, mas também novas perspectivas de vida e renda.
O projeto atua em parceria com indústrias, distribuidores e lojas de materiais de construção. As formações acontecem presencialmente em diferentes cidades, de acordo com as parcerias locais. As inscrições são abertas pelas redes oficiais do projeto e priorizam mulheres que buscam ingressar no mercado de trabalho. “Nosso compromisso é levar formação onde ela ainda não chega, alcançando mulheres que muitas vezes não têm condições nem de custear o transporte até uma escola técnica”, explica a arquiteta.
Daiana destaca ainda o papel decisivo das empresas e do poder público na ampliação dessas oportunidades. Para ela, investir em formação é investir em transformação social. “Quando uma mulher é bem formada e bem remunerada, ela fortalece o tecido social ao seu redor e ajuda a reduzir a dependência de programas assistenciais”, comenta.
Em relação à nova geração de mulheres, a arquiteta observa que há determinação e vontade de crescer, mas também uma tendência de priorizar resultados imediatos, o que afasta muitas delas de profissões técnicas. Nesse contexto, o Bendita Mulheres à Obra se apresenta como uma ponte entre propósito e prática, mostrando que a construção civil pode ser uma alternativa concreta de autonomia e desenvolvimento.
“O Bendita não é um projeto de bandeira, é um projeto de visão, acreditamos no poder do conhecimento técnico e na importância de formar pessoas para reconstruir o futuro de um setor essencial à sociedade”, resume Daiana Schuch.
Para mais informações: benditamulheresaobra.com.br


