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COMO EVITAR A CORROSÃO FILIFORME NO ACM

É necessário ter atenção aos fatores causadores da corrosão filiforme no ACM, como em obras que estejam em ambientes agressivos, principalmente à beira mar


*Por Johnny Vieira de Souza – responsável pelo departamento de projetos da Projeto Alumínio, arquiteto e professor universitário


ACM série Coastal, da Projeto Alumínio, aplicado ao Edifício One Tower, em Balneário Camboriú (SC)/Divulgação: Crescêncio Petrucci Júnior/Instagram


A corrosão é o resultado da ação exercida por um líquido ou gás reativo sobre um metal ou liga. A forma mais conhecida é a ferrugem, resultado da exposição do ferro ao ar úmido. É estimado que 20% da quantidade de aço produzido a cada ano é utilizado para repor as perdas das instalações existentes, causadas pela corrosão.


Na indústria, as ligas de alumínio utilizadas são predominantemente compostas, ou seja, além do alumínio há em menores ou maiores proporções outros metais, como: zinco, estanho, ferro, magnésio, manganês, cromo, titânio, silício, entre outros, em diversas combinações.


O alumínio deve sua resistência à corrosão a uma fina camada passivadora de óxido de alumínio (figura 1) com forte propriedade de adesão e dureza e que protege o alumínio metálico. É válido lembrar que o alumínio não é imune à corrosão, assim como diversos outros metais que compõem a liga.


Existem diversos tipos de corrosão sendo: uniforme, galvânica, por pites, fissura, intergranular, erosão, tensão, fadiga, filiforme, entre outras. O de maior interesse é a corrosão filiforme, que pode ser facilmente observada em lâminas de alumínio pintadas e que ocorre na maioria da superfície dos painéis de ACM.


No material, a corrosão filiforme é mais comum em ambientes com umidade relativa entre 75% a 90% e temperaturas entre 20ºC e 45ºC. A umidade é variável e mais crítica na propagação da corrosão, uma vez que os íons dos sais precisam ser dissolvidos formando a solução condutora.



A corrosão se inicia tipicamente onde há uma imperfeição no substrato e na camada de tinta. Essa imperfeição pode ser introduzida a partir de um arranhão ou impacto de uma pedra, que enfraquece a força de adesão entre o substrato (lâmina de alumínio) e a tinta. A corrosão inicia-se nesse local em forma de uma erupção e se propaga como um filamento, como uma trilha, sob a superfície pintada.


Esse tipo de corrosão desprega a tinta por baixo, criando uma espécie de rastro ou trilha, que pode aumentar a uma razão de 0.1 mm/dia. Desta forma, a corrosão filiforme propaga-se continuamente no substrato. O dano não se estende estruturalmente para o alumínio, mas é reprovável em termos estéticos, especialmente quando a trilha é longa e a cor esbranquiçada.


Existem outros meios da corrosão ocorrer no ACM, principalmente associados aos pontos desprotegidos do alumínio (onde não há pintura), entre eles estão os pontos de beneficiamento, tais como: usinagens, cortes e perfurações dos módulos. Nestes pontos, se a espessura das lâminas ficarem expostas, poderá se tornar um meio de propagação da corrosão.


É importante ressaltar que para evitar a corrosão filiforme, em regiões críticas, principalmente as litorâneas de 0 a 1.500 m do mar, o cliente deve se atentar às seguintes situações:


1. Localização da obra, conforme classificação de regiões disponível no site (www.engineeringdirector.com/iso9223-c1-x), que estão em conformidade com a ISO 9223;

2. Adquirir o ACM da Série Coastal, da Projeto Alumínio. Trata-se de um painel de ACM que tem pintura com alta camada de primer e tecnologia específica para regiões litorâneas ou com alta incidência de corrosão, com exclusividade e credibilidade de uma das maiores fabricantes de tintas do mundo, a Sherwin Williams;

3. Contratar empresa de instalação que tenha credibilidade, ou seja, que utilizará ferramentas corretas e afiadas, de acordo com as características de instalação da obra. Além de propor soluções técnicas que visam a longevidade do produto, de acordo com os manuais técnicos do fabricante;

4. Evitar utilizar sistema de instalação de fachada ventilada (pino encaixe), painéis perfurados ou recortados, ou seja, sistemas que permitem que as bordas das lâminas de alumínio fiquem expostas sem nenhum tipo de vedação ou proteção, caso seja necessário, deve-se utilizar obrigatoriamente o Oxiblock (produto que dificulta a corrosão nas usinagens e cortes da bandeja);

5. Utilizar o Oxiblock em todas as instalações. Trata-se de um produto que tem a finalidade de impedir a exposição de áreas frágeis (sem pintura) do ACM conformado, ou seja, áreas que foram perfuradas, cortadas ou usinadas, nas quais a lâmina de alumínio fica exposta a intempéries e deve ser aplicada nos locais conforme mostra a figura 3.



SÉRIE COASTAL DA PROJETO ALUMÍNIO – GARANTIA PARA REGIÕES ALTAMENTE AGRESSIVAS


A resina Fluothane Coastal, da Sherwin Williams, possui um sistema de alta tecnologia na fabricação, com processo específico, que gera uma película espessa, na qual dá proteção ao alumínio e garante forte adesão ao substrato, com excelente desempenho contra corrosão filiforme ocasionada pela maresia. O produto garante todas as propriedades do PVDF (termoplástico de alta performance produzido pela polimerização de difluoreto de vinilideno), tais como: excepcional resistência ao sol, chuva e outros elementos naturais, resistência superior aos raios UV, desempenho contra abrasão, resistência à sujeira, manchas e degradação química, além de grande flexibilidade e conformabilidade.


Em regiões altamente agressivas, a série Coastal é a única que poderá ser instalada com garantia, pois ela foi desenvolvida exclusivamente para esta finalidade (figura 4).


*Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade dos respectivos autores e podem não interpretar a opinião da revista. A publicação tem o objetivo de estimular o debate e de refletir as diversas tendências do mercado, com foco na evolução da indústria de esquadrias e vidro.

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