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CENÁRIO OTIMISTA PARA O MERCADO IMOBILIÁRIO 2021

Apesar da alta de preços, o ano deverá ser melhor que o anterior


Reprodução: Jornal Contábil

O setor imobiliário residencial encerrou 2020 com alta e lançamentos devem continuar crescentes em 2021 com forte participação na retomada econômica.


No início do ano a Deloitte, em parceria com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), divulgou o primeiro indicador de confiança do mercado imobiliário residencial brasileiro.

Segundo o levantamento, o setor imobiliário residencial encerrou 2020 em alta e se mantém otimista para 2021. Cerca de 53% dos empresários consultados disseram que a procura por imóveis aumentou entre outubro e dezembro, com destaque para o segmento MAP (médio e alto padrão), que teve um crescimento de 70% nas vendas.

A alta dos preços é mais uma tendência apontada para 2021 pelo indicador. Para 77% das empresas do segmento CVA (Casa Verde Amarela), o valor dos imóveis deve aumentar nos próximos 12 meses, porcentual que sobe para 95% considerando os próximos cinco anos. No segmento MAP, 96% preveem aumento em 12 meses e 91% em cinco anos.


Participaram do levantamento executivos seniores mais altos (C-levels) de incorporadoras e construtoras voltadas ao setor imobiliário residencial, considerando dados das empresas do 4º trimestre de 2020, expectativas de curto, médio e longo prazos para o mercado considerando como base o quarto trimestre de 2020.


A pesquisa foi aplicada de 16 de dezembro de 2020 a 22 de janeiro de 2021, envolvendo 45 empresas, sendo 80% construtoras e incorporadoras e 20% apenas incorporadoras. As empresas atuam nos segmentos Casa Verde Amarela (CVA), Médio e Alto Padrão (MAP) ou ambos.

“O otimismo é positivo para o setor, mas é importante lembrar que a pesquisa foi realizada em um momento de otimismo frente aos índices da pandemia, e que a situação mudou um pouco a partir do final de janeiro e início de fevereiro, com os reflexos do aumento do número de contaminados e mortos pela covid-19 no Brasil”, comenta Willian Rigon, diretor comercial e de marketing da Urban Systems, empresa especializada em inteligência de mercado e consultoria de negócios em todo Brasil.

“Para o investidor, e o incorporador, é importante atentar-se também a regionalização dos dados”, comenta Rigon. “Apesar dos índices bons da pesquisa, algumas regiões são impactadas de forma mais negativa ou positiva, pelos reflexos da pandemia, e o investidor precisa se atentar aos reflexos em sua região. Aqui na Urban Systems estamos sempre avaliando os cenários macro e microeconômicos, regional e local, trazendo cenários de riscos acurados à realidade de cada cliente”, finaliza Rigon.


EFEITOS DA PANDEMIA


De acordo com 53% dos empresários do setor, a procura por imóveis aumentou entre outubro e dezembro do ano passado. Esse fato é maior no segmento de Médio e Alto Padrão (MAP), para o qual o crescimento de vendas foi mencionado por 70% dos executivos. O último trimestre de 2020 registrou bom desempenho para boa parte das construtoras e incorporadoras, sobretudo para imóveis de médio e alto padrão.


Isso pode ser explicado pelas novas lógicas de mercado e mudanças de comportamento e consumo frente à pandemia da covid-19.

As cidades litorâneas e o interior foram os grandes responsáveis por esse aquecimento, reflexo do aumento do trabalho remoto que resultou na insatisfação de pessoas que já possuíam casa própria ou apartamento e notaram novas necessidades, espaços maiores, quintais, varandas, entre outros.


Além disso, a maior parte das empresas ouvidas na pesquisa afirmou que pretendem lançar novos empreendimentos em 2021.

A totalidade das empresas participantes da pesquisa que trabalham apenas com imóveis da Casa Verde e Amarela pretendem lançar empreendimentos em 2021.

Essa unanimidade, por sua vez, não é vista para os imóveis de Médio e Alto Padrão. Mesmo assim, a expectativa para lançamento também é elevada para este ano entre os respondentes — 91% das construtoras e incorporadoras devem lançar em 2021. Portanto, a percepção de vendas para o ano de 2021 é otimista; no geral, é esperada uma melhora em relação ao desempenho de 2020.


Outro dado importante é que as empresas participantes da pesquisa esperam aumento no valor dos imóveis para o início de 2021, sobretudo para o segmento de médio e alto padrão.

Para os primeiros três meses de 2021, 56% das construtoras e incorporadoras têm expectativa para aumento no preço médio dos imóveis, sendo que essa tendência é mais forte para empreendimentos de médio e alto padrões (68% das empresas esperam alta, contra 42% das empresas do segmento CVA). Já a maior parte das empresas (58%) que trabalham apenas com imóveis para o programa do governo Casa Verde e Amarela tendem a manter os preços, pelo menos para o início do ano.

SEM OBRAS PARADAS

Considerando o setor de construção civil como um dos mais importantes para a geração de empregos no Brasil, a Abrainc também realizou entre os dias 14 e 16 de abril a 51ª pesquisa semanal junto às suas associadas para mostrar como está o andamento das obras e os procedimentos que estão sendo realizados nos canteiros para proteger os funcionários dos efeitos do coronavírus.


A pesquisa foi respondida por 40 incorporadoras que representam grande parte das maiores empresas do setor. Atualmente, o número de trabalhadores ativos nos canteiros de obras é de 73.000 e não há obras paradas.

As empresas informaram que estão adotando medidas para proteger os funcionários e não permitem a entrada de funcionários com sintomas ou pertencentes ao grupo de risco, com medição de temperatura na entrada e saída. Os horários de almoço e vestiário são escalonados para evitar aglomeração.


Importante destacar ainda que a idade média dos trabalhadores em canteiro de obra é de 35 anos. Além disso, as atividades são sempre realizadas em espaço aberto e em geral com bom espaçamento.


Fonte: conteúdo elaborado pela Redação Urban Systems, com dados da Abrainc

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