A diversidade dos vidros
- Equipe Contramarco
- 3 de jun.
- 4 min de leitura
Atualizado: 1 de jul.

O mercado vidreiro disponibiliza dezenas de modelos com características e funcionalidades capazes de atender diversas necessidades. Um material cada vez mais requisitado para compor projetos arquitetônicos distintos, de certa forma, o amplo uso do vidro na construção civil (e outros segmentos) é resultado da versatilidade que o produto oferece. Isso acontece porque a indústria produz e comercializa tipos de vidros distintos, com tecnologias e características capazes de agradar aos mais diversos projetos.
Os modelos existentes estão relacionados à estética, funcionalidade, proteção aos usuários, valorização do imóvel, estruturas decorativas, etc. Para cada aplicação existirá um tipo indicado, seja para cumprir uma exigência do usuário ou das normas técnicas.
Tipos de vidros
O mercado oferece uma ampla variedade, cada um projetado para atender a necessidades específicas, como fachadas, envidraçamento de sacadas, divisórias de ambiente, portas, janelas, box de banheiro, mesas e muito mais. Além disso, cada tipo de vidro possui características únicas, com diferentes níveis de resistência e segurança, Abaixo, confira alguns modelos:
Vidro float: também conhecido como vidro plano, é feito de uma mistura de sílica (areia), potássio, alumina, sódio, magnésio e cálcio. Ele pode ser transparente, esverdeado ou fumê, de acordo com a necessidade do projeto. Além disso, é um dos tipos de vidro para janela mais econômicos entre todos, também pode ser utilizado de inúmeras formas e ser processado para se transformar em um novo tipo de vidro.
Porém, a desvantagem do vidro float comum é que ele quebra com facilidade, não sendo recomendado para box de banheiro, por exemplo, já que não aguenta altas temperaturas e não segue as normas técnicas vigentes.

Vidro temperado: muito comum na construção civil e arquitetura, ele é utilizado geralmente no fechamento de casas, fachadas, divisórias, portas, janelas e móveis; além de ser bastante utilizado em box de banheiro.
O processo de têmpera (endurecimento térmico) consiste em aquecer o vidro comum até a temperatura de amolecimento e depois resfriá-lo repentinamente. O vidro que foi temperado é cinco vezes mais resistente a choques térmicos ou mecânicos, sendo considerado um vidro de segurança. Também existe o processo de têmpera química, que consiste na troca iônica entre o vidro e um banho de sal fundido, o que aumenta sua resistência mecânica.

Vidro laminado: formado por duas camadas com uma película ultra fina entre eles, geralmente de resina, PVB ou EVA de grande resistência. Assim como o temperado, é considerado um dos vidros mais resistentes e seguros, pois essa película interna retém os estilhaços do vidro em caso de quebra e impede acidentes.
Indicado para ambientes que precisam de maior proteção, como fachadas, parapeitos, sacadas, claraboias e coberturas, o vidro laminado com proteção solar filtra em até 99% os raios ultravioletas, protegendo os ambientes internos contra o envelhecimento e a descoloração de móveis e tecidos. Além disso, o vidro laminado oferece controle acústico, que é uma ótima vantagem para quem gosta de privacidade.

Vidro impresso: também conhecido como vidro fantasia ou texturizado, possui relevo, ou seja, marcas impressas em sua superfície. Após a fabricação do vidro, que pode ser o float, temperado ou laminado, ele passa por rolos metálicos a 900ºC para marcar desenhos em relevo na superfície. O acabamento pode ser brilhante, fosco, esmaltado ou texturizado.

Vidro aramado: possuindo uma rede metálica de malha quadriculada incorporada à sua massa. Durante o processo de fabricação, assim que o vidro passa entre os cilindros metálicos e vai para a estenderia, o arame é colocado dentro da massa vítrea e em seguida é resfriado gradativamente.
Tal como os vidros laminados e temperados, o aramado é um dos mais indicados quando o assunto é segurança, quando se quebra mantém os estilhaços presos, impedindo a abertura do vão. Além de vidro de segurança, também pode ser usado para projetos de arquitetura e decoração, por conta de sua aparência diferenciada.

Vidro acidato: desenvolvido com a ideia de oferecer design e privacidade, é um vidro fosco translúcido, fruto de uma solução ácida aplicada ao vidro de maneira controlada. Ele é levemente opaco e pode ser feito de diferentes cores.
Tem esse nome pelo processo químico em que o vidro comum passa por um “banho” de ácido em uma de suas faces. Possui textura suave ao toque e pode ser utilizado em paredes, divisórias, lavabos, box de banheiros e móveis.

Vidro insulado: chamado também de vidro duplo, é formado geralmente por duas placas de vidro e um espaçador, unidos por um perfil de alumínio. Ele oferece o dobro da potência de isolamento termoacústico se comparado a um único vidro instalado. É ideal para projetos que buscam reduzir a entrada de ruídos externos no ambiente e também de calor.

Vidro refletivo: é produzido a partir do vidro comum, porém, com camadas metalizadas. A função dessas camadas é refletir os raios solares para reduzir a entrada do calor no interior dos ambientes. Esse é o diferencial que auxilia na proteção dos móveis, tapetes e demais materiais decorativos do desgaste do sol, além de manter a temperatura interna.
O vidro refletivo possui um aspecto espelhado que fornece privacidade, impedindo a visão de fora para dentro durante o dia. Pode ser aplicado em fechamento de varandas, sacadas, coberturas, fachadas, portas e janelas.

Vidro pintado: quando se aplica tinta em uma das superfícies do vidro comum, seja em pintura a frio ou processos especiais feitos ainda na usina vidreira, uma das faces do material mantém o brilho, e a outra face, onde está a tinta, fica opaca. O produto que passa por este procedimento recebe o nome de Vidro Pintado.
Muito utilizado em móveis e na decoração de interiores, busca proporcionar mais vida e modernidade aos ambientes. Dependendo da aplicação, traz grande privacidade ao ambiente. Os vidros pintados e temperados também são considerados vidros de segurança e podem ser utilizados em ambientes externos.

Colaborou: Leonardo Matias Simões (Estagiário). Com informações de: a2vidros.com.br; agcbrasil.com; casaeconstrucao.vivadecora.com.br; e archglassbrasil.com.br




