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5G NAS SERRALHERIAS: O QUE MUDA?


Reprodução: Portal NC

A chegada oficial da rede 5G trouxe aos usuários mais velocidade na conexão para baixar e enviar arquivos, reduziu o tempo de resposta, ou seja, a latência, entre diferentes dispositivos e tornou as conexões mais estáveis. No futuro, a promessa é que ocorra uma revolução na indústria, nos carros autônomos, nos ambientes de realidade virtual, na telemedicina, entre outras áreas. Já na construção civil, os canteiros ficarão mais inteligentes, abrindo caminhos para inteligência artificial, sensores, drones, robótica e muitas outras inovações que dependem dessa conexão para se estabelecer. Mas e nas serralherias, o que muda?


Para utilizar a tecnologia, será preciso ter um celular compatível com o 5G. A versão "pura" da tecnologia é chamada "standalone" (SA) ou "autossuficiente", em tradução para o português. Já a "non-standalone" (NSA) também oferece alta velocidade, mas não tem um tempo de resposta (latência) baixo. Ela atende a quem espera uma navegação bem mais rápida que o 4G e vai predominar no Brasil e no mundo por um bom tempo. Por exigir mais antenas, o serviço ficará restrito a uma pequena área das capitais em um primeiro momento, conforme o portal G1.


“Eu acredito que a maior aplicação na serralheria é no monitoramento. A indústria 4.0 requer monitoramento do chão de fábrica e o 5G pode facilitar o acompanhamento dos sensores e a inclusão de dados da indústria de esquadrias e maior velocidade da integração de banco de dados com a nuvem nas linhas de montagem, corte e usinagem”, diz Alberto Cordeiro, presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio (Afeal). “É assim que eu vejo o 5G chegando para nossa indústria: integração entre máquinas, pessoas e sistemas na serralheria”, acrescenta.


De acordo com Luís Corrêa, criador de conteúdo digital para os setores de esquadrias, vidros e normas, são muitas as mudanças que podem ser imaginadas com a aplicação de um tecnologia que busca mais rapidez e dispositivos cada vez menores. “No dia a dia de uma serralheria existem vários aspectos que podem ser aperfeiçoados, por exemplo, um rastreamento mais amplo das atividades de cada setor e colaborador e máquinas menores que podem ser alocadas em lugares mais estratégicos do setor produtivo. A busca por mais produtividade também dá espaço para a aplicação da Inteligência Artificial (IA), estreitando mais ainda a relação de homem-máquina, e exigindo dos profissionais do setor uma maior qualificação”, reflete.

Outro ponto citado por Corrêa é a utilização e armazenamento de dados, para ter um controle melhor de tudo o que acontece dentro de cada processo, afinal a produção de uma esquadria, por exemplo, passa por vários processos até o estágio final, que é a instalação. “Então, o monitoramento de todo esse processo é de suma importância para a empresa.”

Segundo Carlos Rafael, professor de sistemas de informações da ESPM e especialista em telefonia móvel, o foco da nova rede é melhorar a experiência do usuário em todos os aspectos possíveis. “A promessa é que o 5G atinja tempos de resposta na casa de um milissegundo. A menor latência significa menos atraso entre o envio de um comando e sua recepção ao destino, melhorando substancialmente o controle em tempo real de dispositivos remotos, como drones”, explica.


Já a taxa de transferência, segundo o professor, conhecida como taxa de download, promete entregar velocidade 100 vezes maior comparada ao 4G. A proposta é que o download de um DVD inteiro possa ser realizado em aproximadamente quatro segundos. A quantidade de dispositivos por km² também melhora bastante o acesso, com promessas de multiplicar de 200 a 250 vezes.


“Com o suporte a tantos dispositivos simultâneos, além de melhorar a conectividade, a nova rede ajuda na massificação da Internet das Coisas (IoT), já que mais dispositivos autônomos poderão acessar sem precisar de fios. Porém, essas vantagens vêm com um preço relativamente alto, quando provavelmente uma grande parcela da população precisará trocar de aparelho celular para ter acesso a rede”, finaliza.


VELOCIDADE COMPARADA AO 4G


A média da velocidade 4G no Brasil foi de 21,6 Mbps (megabits por segundo) no primeiro trimestre de 2022, de acordo com um relatório da consultoria OpenSignal.


O valor pode variar de região para região, da operadora utilizada e até mesmo do horário em que uma pessoa acessa a rede. O 5G, por sua vez, pode chegar à velocidade entre 1 e 10 Gbps – uma diferença de 100 vezes ou mais em relação ao 4G.


Fonte: G1

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