top of page

VIDROS QUEBRAM. COMO EVITAR? PARTE II

Equipe Contramarco

Jonas Sales, engenheiro de produção mecânica e coordenador de engenharia de aplicação da Cebrace, comenta sobre o tema


*Por Stephanie Fazio


Reprodução: Cebrace

Neste segundo post sobre o assunto, a equipe Contramarco convidou Jonas Sales, engenheiro de produção mecânica e coordenador de engenharia de aplicação da Cebrace, para comentar sobre a resistência de diferentes modelos de vidro e os cuidados a serem adotados em caso de quebra do vidro.


Revista Contramarco — Qual modelo de vidro é mais resistente para esquadrias? E qual o mais seguro?

Jonas Sales — Para quem busca resistência, o vidro temperado é o mais indicado para qualquer aplicação. Como ele passa por um processo de ser aquecido gradativamente e resfriado de forma repentina, chega a ser cinco vezes mais resistente que o vidro comum.

Agora, falando em segurança, o mais indicado é sempre o laminado. Ele é composto por duas ou mais chapas de vidro intercaladas por uma película de alta resistência. Em caso de quebra, esse tipo de vidro retém os cacos, evitando o devassamento do vão.

O ápice da segurança é encontrado no laminado temperado, que reúne benefícios dos dois tipos de vidros mencionados acima. Vale ressaltar que é fundamental consultar a norma NBR 7199 — Vidros na construção civil — Projeto, execução e aplicações, que determina exatamente qual o vidro certo para cada projeto.

Revista Contramarco — No dia a dia, quais cuidados devem ser adotados para evitar acidentes com os vidros das esquadrias?

Jonas Sales — Para os profissionais do vidro e de esquadrias que manuseiam, transportam e instalam o vidro, a dica para evitar acidentes é seguir atentamente os requisitos da NBR 7199, que aborda o uso dos vidros na construção civil.


Ou seja, se atentar a pontos como na hora do manuseio não abrir mão do uso de EPIs necessários, como luvas adequadas; na armazenagem manter as peças separadas por intercalários; realizar o transporte do vidro com materiais que não danifiquem as bordas; e usar a proteção contra umidade e choques mecânicos.

Na hora da instalação do vidro, por exemplo, é preciso observar as folgas necessárias, usando calços importantes para que o vidro não tenha contato com o metal, o que minimiza o risco da peça quebrar. Além disso, observar o correto dimensionamento do vidro para a aplicação é essencial.

Esses são alguns requisitos mencionados na norma, mas é importante tê-la como consulta e seguir o que ela determina para garantir a segurança em qualquer projeto.

Revista Contramarco — Em caso de quebra do vidro, quais medidas de segurança podem ser aplicadas até a substituição?

Jonas Sales — Em caso de quebra, é preciso isolar o local para que não haja acesso de pessoas, evitando acidentes, e solicitar a substituição imediata pelo vidro correto. O mais importante: nunca substituir a peça por um vidro que não está de acordo com os requisitos da NBR 7199, garantindo a segurança de todos.

Revista Contramarco — Ao sofrer impacto, o que acontece com os tipos de vidro (comum, laminado, temperado, laminado-temperado, texturizado, de segurança e insulado)? Como ficam quando quebram?


Jonas Sales — O temperado, em caso de quebra, se estilhaça em pequenos pedaços sem ponta. O laminado evita o devassamento do vão, porque, em caso de quebra, os cacos ficam retidos no intercalário entre as peças, evitando acidentes.


Já o vidro comum quebra em grandes partes com ponta, por isso as normas determinam que em algumas aplicações seja obrigatório o uso de vidro de segurança, como temperado ou laminado.


O texturizado, por sua vez, tem a quebra similar ao do vidro comum, em grandes partes com ponta, a não ser que seja temperado. Já o insulado depende de como é composto, se for por vidros comuns, ele quebra em grandes partes. Se for composto por vidros laminados, os cacos ficarão retidos.

 

Comments


V&S Blog.jpg

 Receba notícias atualizadas no seu WhatsApp gratuitamente. 

bottom of page