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VIDRO PLUMBÍFERO: PROTEÇÃO CONTRA A RADIAÇÃO


Reprodução: PKO

Com o advento das tecnologias de medicina diagnóstica através do uso da radiação, foram desenvolvidos inúmeros equipamentos de proteção individual, desde coletes de chumbo, óculos, luvas, entre outros, e também os equipamentos de proteção coletiva, como os biombos, as portas especiais, argamassa baritada e os vidros de blindagem contra a radiação, para garantir a integração visual e monitoramento com o paciente pelo profissional, seja ele o médico, o enfermeiro ou o técnico em radiologia.


É necessário que esses produtos sejam seguros para o hospital, como é o caso do vidro plumbífero. Ele possui chumbo em sua composição e, por isso, tem esse nome, que vem do espanhol plumbo, ou chumbo.

COMO FUNCIONA?

Reprodução: PKO

O vidro plumbífero é transparente o suficiente para garantir a integração visual, mas com a blindagem necessária e segura contra os Raios-X. “O vidro plumbífero é muito usado quando a gente precisa observar o paciente o tempo todo durante o exame”, disse a especialista Ana Claudia, da Academia de Radiologia, em um dos seus vídeos no YouTube.

Porém, para isso é necessário uma blindagem específica para cada ambiente e situação. Esse nível de blindagem é medido em equivalência de chumbo. Por exemplo: um vidro plumbífero entre 7 e 8,5mm de espessura possui equivalência de atenuação em chumbo de 2.3 pB (equivalência de atenuação em chumbo = mm pB) para qualidade de radiação de 100kV.

“Dentro dos hospitais, o espaço é muito complicado já que, se eu tenho salas maiores, diminui-se a espessura das blindagens, seja do vidro plumbífero ou do chumbo”, disse a especialista. Acrescentando que também é preciso considerar o equipamento que se tem para pensar na espessura do vidro: “Alguns possuem mais energia e outros menos, em relação ao Raio-X”, completa.

Entretanto, como este vidro ainda não é fabricado no Brasil, e as taxas de importação são elevadas, o valor do produto tem um custo alto. Assim, fabricantes de produtos de proteção radiológica buscaram desenvolver uma alternativa a esta solução, unindo diversos vidros cristais comuns, tentando garantir assim a proteção radiológica adequada.

PERIGO DO VIDRO MULTICRISTAL

Reprodução: PKO

Atualmente, todos os fabricantes de vidro cristal incolor comum garantem que seus produtos são livres de chumbo, portanto como um vidro comum poderia barrar a radiação? “O chumbo é mais caro, mas é mais eficiente por conta da densidade e espessuras menores”, defende Ana Claudia.


Pela lei da massa, na teoria, quanto maior ela for, mais difícil seria para a radiação ultrapassar a barreira. Para isto, esses visores vem sendo comercializados com espessuras entre 55.0 a 100.0mm (de 7 a 18 vezes mais espessos do que o vidro plumbífero), mas com uma equivalência de atenuação inferior à 1.0mm pB, se comparado a mesma energia de radiação.

Este tipo de solução é ineficiente para blindagem de radiações ionizantes diretas (primárias), funciona somente em radiações indiretas (secundárias), de modo que, a depender da posição e distância do equipamento em relação ao vidro, o nível de atenuação poderá ser zerado e a radiação ultrapassar a barreira. Não menos importante, está a questão da normatização do produto.

De acordo com a NBR 61331-2 em vigência, as placas de vidro para proteção radiológica devem ter transparência não inferior a 80% e conter chumbo na proporção de no mínimo 22% da sua espessura. Ou seja, os chamados “visores multicristais” não atendem à norma.

Existe um processo de conferência de que os vidros instalados cumprem seu papel, segundo Ana Cláudia, da Academia de Radiologia. “É emitido um laudo do levantamento radiométrico atestando a eficiência das barreiras protetoras, das blindagens da sala, e ele tem validade de quatro anos. Ele deve ser apresentado à vigilância sanitária para que o serviço tenha licença de funcionamento”, afirma.

Fonte: PKO do Brasil

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