top of page

SÉRIE: HISTÓRIAS DE GESTORAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL


QUÍMICA PELA GESTÃO


Do trabalho farmacêutico à indústria de esquadrias




Formada em farmácia química industrial, mestrada em ciências farmacêuticas e pós-graduada em farmácia e estética, Fernanda Krentkowski nasceu em Frederico Westphalen, município do Rio Grande do Sul. Mesmo com uma consistente formação universitária, sua trajetória profissional mudou completamente de ramo e de estado.


Hoje, Fernanda dirige a Pádua Vidraçaria e Esquadrias de Alumínio, localizada em Lucas do Rio Verde, interior do Mato Grosso. A empresa atua no ramo vidreiro desde 2009, oferecendo uma ampla variedade de produtos e serviços para a construção civil, incluindo vidros temperados, box de banheiro, instalação de divisórias, esquadrias de alumínio, envidraçamento de sacadas, brises, entre outros.


RUMO À INDÚSTRIA DE ESQUADRIAS


“Eu atuei em algumas farmácias, inclusive de manipulação e também tive a minha própria farmácia por dois anos”, relembra Fernanda. “Quando vim para o Mato Grosso, saí dessa área e comecei a dar aulas tanto para o ensino médio quanto para o universitário, porque me permitiu ficar mais tempo com a minha filha, eu tinha uma carga horária menor e, conseguia conciliar a maternidade com a profissão”.


No final de 2015, Fernanda mudou completamente de carreira e começou a trabalhar com o marido Fernando Fontana, tornando-se responsável pela parte financeira da Pádua Vidraçaria e Esquadrias de Alumínio até o final de 2016. A escolha do nome da empresa foi em homenagem a Santo Antônio de Pádua, padroeiro de Frederico Westphalen (RS), cidade natal de Fontana também.


Para a executiva, o maior desafio ao assumir a gestão não foi técnico, pois sempre teve uma facilidade muito grande para aprender coisas novas, além de gostar de estudar. O obstáculo foi estar vivenciando o processo de luto.



NA GESTÃO DA EMPRESA


Fontana iniciou a Pádua como microempresário. Ele próprio produzia, vendia, fazia o trabalho financeiro, entre outras atividades. “Havia alguns estampos manuais, tudo muito simples”, conta Fernanda, acrescentando que o negócio foi crescendo pelo bom serviço, juntamente com a cidade e a vinda de pessoas para a equipe.


“De uns três anos para cá fizemos essa transição da empresa que vende esquadrias mais baratas e simples para uma empresa que atende um público mais alto padrão”, afirma a empresária. “Começamos a trabalhar com a linha Euro Show e com portas em acm. Atualmente, já estamos bem estabelecidos no mercado de esquadrias de alto padrão”.


Dentre as várias obras executadas pela Pádua, Fernanda relata que a mais marcante está sendo o projeto da nova sede da empresa, “porque evidencia uma transição de espaço e de nível de atuação da marca”. A empresária destaca que as obras quase sempre impactam de alguma maneira os envolvidos na empresa, que atende inúmeros projetos residenciais e acaba criando um vínculo muito próximo com o cliente por entender que, muitas vezes, a obra realizada é um sonho de anos.


Em 2018, a empresa ganhou o Prêmio Oscar do Varejo CDL. “Eu não esperava o reconhecimento, para mim foi uma surpresa bem grande”, diz Fernanda, lembrando que, então, há menos de dois anos seu marido tinha falecido. “Eu consegui fazer a empresa crescer e se manter no mercado, isso me mostrou que eu estava no caminho certo”.


CONCILIANDO PAPÉIS


Segundo a diretora, a família sempre foi uma das bases na sua vida e o seu cotidiano não tem nada de diferente de mulheres que são mães e também trabalham fora, assumindo o grande desafio de conciliar todas as atividades, enquanto profissional, mãe, mulher, esposa e dona de casa. “Você tem que ser bem malabarista para conseguir equilibrar todas essas áreas da vida”, declara.


Como a empresa ainda é de pequeno porte, muitas decisões precisam passar pela aprovação de Fernanda. A executiva explica que ainda é nova na gestão de uma serralheria e acredita que já fez grandes progressos na Pádua. Apesar do cotidiano corrido, já está ajustando sua rotina para ter mais tempo com a família.


Isabella Fontana, filha de Fernanda/Reprodução



MULHERES NA CONSTRUÇÃO CIVIL



A diretora lembra que, após assumir a direção sozinha, alguns funcionários da Pádua não se adaptaram adequadamente à rotina de prestar contas a uma mulher e se desligaram da empresa. “Temos que procurar parceiros, colaboradores, clientes que não se importam com isso e que acreditem no seu potencial, indiferente de você ser homem ou mulher, mas que confiem na sua empresa”, salienta Fernanda, revelando que na Pádua não há distinção entre a capacidade de homens e mulheres. “O que é importante é o quão bem você desempenha a sua função”, finaliza.


V&S Blog.jpg

 Receba notícias atualizadas no seu WhatsApp gratuitamente. 

bottom of page