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RELIGIÃO: PRINCIPAL ELEMENTO DA ARQUITETURA ISLÂMICA

Conheça algumas características e ornamentos das obras locais


Taj Mahal/Reprodução: Cultura Genial

O post de hoje é um convite para uma viagem ao Islã, onde iremos conhecer alguns elementos arquitetônicos marcantes e suas características. Prontos para embarcar?


A religião está entre os principais pilares da cultura e arquitetura islâmica, isso porque, os templos e outras edificações religiosas são os exemplares mais conhecidos dos projetos da região.


Dos cinco pilares da doutrina do Islã (fé, oração, doação, jejum e peregrinação), dois são relevantes para a arquitetura: a oração e a peregrinação. Outra característica é a relutância a qualquer tentativa de capturar e conter as qualidades divinas em qualquer estrutura material ou imagem. “A atitude contra a idolatria permeia as escolhas artísticas religiosas, pois nada pode representar Deus. A consequência disso será o desenvolvimento dos padrões abstratos”, conforme o site Instituto da Cultura Árabe.


“Nesse contexto, o ícone sagrado passível de representação seria a recitação dos versos do Alcorão. Desta forma, a caligrafia foi elevada ao status de arte sagrada, e representou um papel essencial na decoração arquitetônica e no ornamento de objetos de uso diário”, ainda segundo o Instituto da Cultura Árabe.


UM POUCO DE HISTÓRIA


Os primeiros registros da arquitetura islâmica datam o ano de 630. Foi nessa época que o exército de Maomé conquistou a cidade de Meca, repudiou deuses pagãos e proclamou um deus único, Alá, de acordo com o portal Archtrends.


Após impor uma nova religião, Maomé mandou reconstruir o santuário Caaba. O projeto foi executado por um náufrago carpinteiro etíope, tornando-se um dos principais exemplares da arquitetura islâmica.


No século VII, os exércitos muçulmanos conquistaram muitos territórios e, por tradição religiosa, sempre que uma nova terra era dominada, um novo templo precisava ser erguido. O desenho das edificações religiosas era inspirado na própria casa do profeta Maomé. “Esse era o padrão para a construção das mesquitas ou para a adaptação de igrejas, que já existiam nos locais antes da tomada pelos muçulmanos”, ainda conforme o Archtrends.


Após a morte de Maomé, no ano de 632, novos traços começaram a ser incorporados na arquitetura islâmica, com influências romanas, egípcias, persas e bizantinas. As bases, no entanto, seguiam as diretrizes ditadas pelo profeta.



CARACTERÍSTICAS


Cúpulas, colunas, abóbadas, janelas e os arcos são algumas características marcantes dos projetos locais, tanto nas mesquitas quanto em moradias menores. “Já as casas populares têm os mesmos traços, embora com bem menos sofisticação, principalmente no que se refere à decoração”, de acordo com informações do site Archtrends. Confira alguns elementos principais:

  • CÚPULAS: muito presentes nos templos religiosos islâmicos, eram baseadas no formato das conchas e demandavam a realização de cálculos complexos para serem realizadas;

  • COLUNAS: geralmente contêm capitéis, laços e arcos de madeira, dando um toque único às obras islâmicas;

  • ABÓBADAS: estão presentes interna e externamente nas edificações. As construídas no interior das obras são geralmente oratórios, chamados de mihrab, que nada mais são do que nichos individuais para oração. Já as externas, eram construídas nas portas e varandas dos palácios dos líderes religiosos ou templos.

  • JANELAS: Em muitos casos, elas são perfuradas e ornamentadas ou revestidas por vitrais. Existem dois tipos de janelas: a mashrabiyat qamariah, que são as redondas, e as mashrabiyat shamsiah, que são as solares.

  • ARCOS: o modelo pneumático do componente é a primeira referência histórica que aparece nos estudos da arquitetura islâmica. Eles estão sempre presentes nos templos, principalmente nos países do oriente árabe.

As características da arquitetura islâmica foram difundidas para outras partes do mundo, mas geralmente aparecem nos templos religiosos. O uso de cúpulas e arcos, por exemplo, foi uma técnica assimilada pelos construtores europeus e muito utilizada na construção de igrejas cristãs.


Fotos na respectiva ordem: Taj Mahal, Domo da Rocha, Grande Mesquita de Santa Sofia e Mesquita Azul/Reprodução: Archtrends


Fontes: Archtrends e Instituto da Cultura Árabe

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