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JOVENS VIVEM EM APARTAMENTO DE 9 M² NO JAPÃO

Imobiliária Spilytus possui mais de 1.500 moradores hoje em seus 100 prédios, em Tóquio


Reprodução: Folha de S.Paulo


É possível viver em um apartamento de 9m²? Jovens do Japão provam que sim. Com seus imóveis de alto custo e a área metropolitana mais populosa do mundo, Tóquio é caracterizada pelas acomodações pequenas, mas os novos apartamentos, conhecidos como quartos de três tatames, pelo número de tapetes japoneses que ocupariam todo o espaço, estão ultrapassando os limites da vida normal.


A imobiliária Spilytus vem liderando a investida em direção a espaços cada vez menores. Ela opera esses apartamentos desde 2015 e, com mais de 1.500 moradores hoje em seus 100 prédios, a demanda permanece forte.

Embora as unidades tenham a metade do tamanho de um estúdio médio em Tóquio, elas têm pé-direito de 3,60m e um loft para dormir. São elegantes, com pisos e paredes brancas imaculadas, e com alguns arranjos eficientes é possível colocar uma máquina de lavar, geladeira, um sofá e uma mesa de trabalho.

Os microapartamentos, que são alugados por US$ 340 a US$ 630 (cerca de R$ 1.800 a R$ 3.300) por mês, custam algumas centenas de dólares a menos do que outros estúdios em áreas semelhantes. E estão situados perto de locais badalados no centro de Tóquio, como Harajuku, Nakameguro e Shibuya, que geralmente são bem caros, com butiques de luxo, cafés e restaurantes. A maioria dos prédios fica perto de estações de metrô – a principal característica para muitos jovens.

Mais de dois terços dos moradores dos prédios são pessoas na faixa dos 20 anos, que no Japão ganham em média de US$ 17 mil a US$ 20 mil (R$ 89 mil a R$ 104 mil) por ano, segundo dados do governo. Alguns são atraídos pelas taxas iniciais mínimas e pela falta de um depósito ou "dinheiro de presente" – um pagamento não reembolsável ao proprietário que pode chegar a três meses de aluguel– para muitas locações.


Além de não terem o costume de receber convidados em casa, muitos japoneses também trabalham longos turnos, restando pouco tempo para passar em casa. E uma parcela crescente de moradores de Tóquio está vivendo sozinha, tornando os espaços menores mais desejáveis.


Fonte: Folha de S.Paulo

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