Esquadrias na construção civil

Foto/Reprodução: Freepik

As esquadrias representam componentes estruturais e funcionais essenciais no desempenho global das edificações. Elas podem ser de alumínio, PVC, aço ou madeira. Mais do que simples elementos de fechamento, portas, janelas, fachadas, guarda-corpos e divisórias configuram sistemas complexos que contribuem diretamente para variáveis como eficiência energética, estanqueidade, conforto ambiental, segurança e estética arquitetônica. 

Principais materiais 

A evolução dos materiais desempenha papel crucial na sofisticação do setor. O alumínio, por exemplo, se consolidou como material de referência devido à sua resistência mecânica, baixa manutenção e possibilidade de soluções personalizadas e de grandes vãos. Já o PVC se destaca pela elevada performance térmica e acústica, sendo amplamente utilizado em regiões de clima mais severo. O aço, por sua vez, atende com excelência a demandas industriais e institucionais, especialmente onde são requeridas estruturas robustas e de alto desempenho estrutural. A madeira, material mais antigo na fabricação de esquadrias, demanda mais manutenção, mas segue presente em projetos de alto padrão, onde é valorizada por seu apelo estético e acabamento refinado.

Contudo, a simples adoção de materiais e tecnologias de ponta não garante o desempenho ideal. A instalação das esquadrias é fator determinante para a eficiência do sistema. A ausência de nivelamento, fixação inadequada ou uso incorreto de selantes e componentes de vedação pode gerar falhas como infiltrações, condensações, ruídos e comprometimento funcional, o que torna fundamental a qualificação da mão de obra e o cumprimento rigoroso das recomendações técnicas dos fabricantes e dos projetos executivos. 

Normas técnicas estabelecidas

A escolha das esquadrias deve ser feita com base em uma análise integrada que considere o sistema construtivo, o uso previsto da edificação (residencial, comercial ou industrial), as características climáticas da região e, os critérios de desempenho estabelecidos por normas técnicas como a ABNT NBR 10821 (esquadrias para edificações) e a NBR 15575 (desempenho de edificações habitacionais), entre outras.

Esses normativos orientam a concepção, fabricação e instalação das esquadrias de forma a garantir padrões mínimos de desempenho térmico, acústico, de segurança e durabilidade.

Nas edificações arquitetônicas

No campo da arquitetura, as esquadrias também passaram a desempenhar um papel estratégico na linguagem estética das edificações. Perfis minimalistas, esquadrias, embutidas, sistemas de correr com grandes vãos e acabamentos metálicos ou anodizados são recursos que dialogam com a contemporaneidade do design arquitetônico e promovem a integração entre espaços internos e externos, valorizando a luz natural e a ventilação cruzada. 

Por fim, à medida que as construções inteligentes se tornam mais acessíveis e populares, as esquadrias vêm incorporando novas camadas de tecnologias. Sensores de presença, controle remoto por aplicativos, integração com sistemas de climatização e segurança, além de dispositivos para automação da ventilação natural são inovações que já compõem o portfólio de fabricantes de alto padrão. Essa convergência entre desempenho técnico, inovação tecnológica e estética posiciona as esquadrias como elementos cada vez mais estratégicos no ciclo de vida das edificações, desde a concepção do projeto até sua manutenção e operação ao longo dos anos. 

Colaborou: Júlia Rebouças (estagiária)