ENERGIA SOLAR SE TORNA A SEGUNDA FONTE MAIS UTILIZADA NO BRASIL
Segundo a Absolar, a geração fotovoltaica responde agora por 11,2% da matriz nacional, estando atrás apenas da fonte hídrica (51,3%)

O ranking das principais matrizes elétricas do país precisou ser atualizado neste início de 2023. Isso porque a segunda posição — até então ocupada pela geração eólica — agora pertence à fonte fotovoltaica. De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a potência instalada operacional da tecnologia atingiu a marca de 23,9 gigawatts, na última terça-feira (03), superando os 23,8 gigawatts oriundos da força dos ventos.
Com esse resultado, a geração fotovoltaica responde agora por 11,2% da matriz nacional, estando atrás apenas da fonte hídrica (51,3%). O crescimento na popularidade da energia solar pode ser explicado por diferentes fatores, como os incentivos econômicos para projetos de usinas de pequeno a grande porte. Os números da Absolar mostram que 16 gigawatts do total de 23,9 gigawatts são produzidos em sistemas com porte reduzido (como os painéis instalados nas coberturas e fachadas de diversas edificações espalhadas por todo o país).
“É uma tecnologia que ajuda a diversificar a matriz elétrica do país, aumentar a segurança de suprimento, reduzir a pressão sobre os recursos hídricos e proteger a população contra mais aumentos na conta de luz”, enumera Rodrigo Sauaia, CEO da Absolar. Em 2022, a capacidade instalada desse tipo de energia aumentou em mais de 60% no país, com um ritmo de crescimento de cerca de 1 gigawatt a cada 30 dias durante os últimos meses.
As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis ou a energia elétrica importada de países vizinhos. Graças a sua versatilidade e agilidade, uma grande usina fotovoltaica fica operacional em menos de 18 meses. Já para um telhado ou um pequeno terreno, bastam apenas 24 horas para torná-los fonte de geração de eletricidade a partir do Sol.
“Até o final de 2023, o setor solar chegará a 1 milhão de empregos acumulados no País desde 2012, mas poderia ser muito mais, segundo nossas projeções. O Brasil possui um dos melhores recursos solares do planeta, entretanto ainda faltam boas políticas públicas para podermos almejar a liderança solar em âmbito mundial”, conclui Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar.

Fontes: AEC Web e Absolar/Assessoria Totum Comunicação