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Equipe Contramarco

EM QUE MOMENTO A ESQUADRIA ENTRA NA OBRA?

Arquitetos e engenheiro pontuam sobre as etapas de uma obra, o momento certo para colocar as esquadrias e os problemas de uma instalação incorreta


*Por Emanuelle Ormiga


Reprodução: Rodrigo Andreoli Arquitetura

Na construção civil, as esquadrias são os elementos que possibilitam o fechamento de vãos diversos, são estruturas que dão vida a aplicações essenciais para uma edificação, como portas, janelas, persianas, divisórias, entre outros. Considerando a sua finalidade, a esquadria é um dos principais elementos na construção civil e agrega benefícios relacionados à estética, funcionalidade, bloqueio de intrusos e intempéries, bem estar, conforto e segurança dos usuários.


A esquadria é essencial tanto para a função estrutural quanto para a estética de um edifício. “Ela inclui elementos que não apenas delimitam e protegem os espaços internos, mas também contribuem significativamente para a aparência externa do edifício. A escolha dos materiais e o design das esquadrias podem influenciar a identidade arquitetônica do projeto e a primeira impressão que um edifício transmite”, afirma Fábio Morais, engenheiro e vice-presidente de Design & Construction da Brookfield Properties.


Ronaldo Nunes, arquiteto e coordenador de projetos e obras da Construcap, acrescenta que as esquadrias são essenciais por trazer, além da funcionalidade e estética, segurança ao ambiente através de sua resistência. Rodrigo Andreoli, arquiteto do escritório que leva seu nome, pontua o conforto térmico que traz para o projeto, com sistemas de uPVC em vários tipos de acabamentos, como laminados, cores sólidas e amadeiradas.


Falando sobre as etapas da construção, a de um edifício geralmente segue uma sequência de etapas bem definidas, de acordo com Nunes. “Cada etapa é importante para garantir que o projeto seja concluído com qualidade e dentro dos padrões esperados”, acrescenta o arquiteto, que apresenta as principais etapas de uma construção:


  1. PLANEJAMENTO E PROJETO:


  • Levantamento de necessidades: Definição do que se deseja construir, como o tipo de edificação e suas características;

  • Estudo de viabilidade: Avaliação dos aspectos econômicos e técnicos do projeto;

  • Elaboração do projeto: Criação dos desenhos arquitetônicos e engenharia estrutural, elétrica e hidráulica;

  • Aprovação e licenciamento: Obtenção das permissões e licenças necessárias junto aos órgãos competentes.


2. PREPARAÇÃO DO TERRENO:


  • Terraplenagem: Limpeza e nivelamento do terreno;

  • Marcação: Delimitação das áreas onde serão feitas as fundações e a construção.


3. FUNDAÇÃO:


  • Escavação: Abertura das valas para as fundações;

  • Fundações: Construção das fundações, que podem ser rasas (sapatas, blocos) ou profundas (estacas).


4. ESTRUTURA:


  • Paredes e divisórias: Levantamento das paredes e divisórias internas;

  • Lajes e cobertura: Construção das lajes e da cobertura do edifício;

  • Esquadrias: Instalação de portas e janelas.


5. INSTALAÇÕES:


  • Elétrica: Passagem de cabos, instalação de pontos de luz, tomadas e quadro de distribuição;

  • Hidráulica: Instalação de tubulações de água e esgoto, e dispositivos sanitários;

  • Gás: Instalação do sistema de gás, se aplicável.


6. ACABAMENTOS:


  • Revestimentos: Aplicação de revestimentos nas paredes e pisos, como cerâmicas, porcelanatos ou laminados;

  • Pintura: Pintura interna e externa das superfícies;

  • Instalação de acessórios: Colocação de acessórios como rodapés, luminárias e fixações de móveis.


7. FINALIZAÇÃO E ENTREGA:


  • Limpeza final: Limpeza completa do local de construção para remover resíduos e detritos;

  • Inspeção final: Verificação da qualidade e conformidade com o projeto e normas técnicas;

  • Correção de defeitos: Realização de ajustes e reparos finais;

  • Entrega: Entrega formal do imóvel ao proprietário ou cliente.


8. PÓS-CONSTRUÇÃO:


  • Garantia e manutenção: Atendimento de eventuais problemas que possam surgir após a conclusão da obra, conforme garantias oferecidas pelo construtor.


“Cada uma dessas etapas é crucial para o sucesso do projeto e pode variar um pouco dependendo do tipo de construção e das especificidades do projeto. O momento certo para colocar as esquadrias (portas e janelas) em uma obra depende de vários fatores, mas geralmente elas são instaladas após a conclusão das etapas principais da estrutura e antes do acabamento final”, conclui Nunes.


Para Andreoli, uma instalação correta é fundamental, dê preferência à empresa que fabricou as esquadrias para fazer a instalação com equipe própria. “Talvez o principal problema que assola muitos edifícios comerciais é a infiltração de água. Mesmo com sistemas modernos, como o unitizado, ainda a instalação requer uma mão de obra qualificada que em alguns momentos deixam a desejar, gerando problemas nas instalações que levam as infiltrações citadas”, completa Morais.


Nunes comenta alguns dos problemas que podem ocorrer devido a uma instalação inadequada:


  1. PROBLEMAS DE VEDAÇÃO:


    • Infiltração de água: Se as esquadrias não forem bem vedadas, podem ocorrer infiltrações de água, levando a danos nas paredes e pisos, mofo e problemas de deterioração;

    • Perda de ar: Falhas na vedação podem resultar em perdas de ar condicionado ou aquecimento, afetando a eficiência energética e o conforto.


  2. PROBLEMAS DE FUNCIONALIDADE:


    • Dificuldades de abertura e fechamento: Se as esquadrias não forem instaladas corretamente, podem apresentar dificuldades para abrir ou fechar, ou podem ficar desalinhadas;

    • Ruídos: Instalações incorretas podem resultar em ruídos indesejados, como batidas ou rangidos, devido a um ajuste inadequado.


  3. DESEMPENHO TÉRMICO E ACÚSTICO:


    • Isolamento térmico: Uma instalação incorreta pode comprometer o isolamento térmico das esquadrias, levando a maior perda de calor ou ganho de calor, o que afeta a eficiência energética do edifício;

    • Isolamento acústico: A vedação inadequada pode diminuir o isolamento acústico, permitindo a passagem de ruídos externos e reduzindo a privacidade.


  4. DANOS ESTRUTURAIS E ESTÉTICOS:


    • Danos à estrutura: Uma instalação incorreta pode causar danos às estruturas ao redor das esquadrias, como rachaduras e deformações;

    • Estética comprometida: Erros na instalação podem afetar a aparência estética do edifício, resultando em desníveis, folgas e desalinhamentos visíveis.


  5. PROBLEMAS DE MANUTENÇÃO E DURABILIDADE:


    • Manutenção aumentada: Instalações inadequadas podem resultar em maior necessidade de manutenção e reparos, aumentando os custos a longo prazo;

    • Durabilidade reduzida: A vida útil das esquadrias pode ser reduzida se não forem instaladas corretamente, devido ao desgaste prematuro ou danos.


  6. SEGURANÇA:


    • Segurança comprometida: Esquadrias mal instaladas podem comprometer a segurança do edifício, tornando-o mais vulnerável a invasões e acidentes.


Para evitar problemas de uma instalação incorreta, Nunes diz ser essencial contratar projetistas e consultores especialistas, e até mesmo quando necessário, efetuar-se ensaios de resistência dos materiais utilizados e até mesmo utilização de simulações em túnel de vento para uma análise mais profunda e garantir o desempenho esperado. “Com o desenvolvimento de projeto específico, se obterá especificação adequada do material de estruturação/sustentação das esquadrias e dimensionamento corretos dos vidros por serem utilizados, ainda assim, garantir que as esquadrias sejam instaladas por profissionais qualificados e que sigam as especificações do fabricante e as normas de construção”, explica.


“Outro hábito oportuno e indicado é o de montar um protótipo para análise de desempenho e estética para aprovação de todos os profissionais envolvidos na obra e do cliente final. Além disso, realizar inspeções e manutenções regulares pode ajudar a identificar e corrigir quaisquer problemas antes que eles se agravem”, finaliza o arquiteto.


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