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DICAS PARA EVITAR PERDA DE GARANTIA DO ACM NO PROCESSO DE USINAGEM

*Por Johnny Vieira de Souza, responsável técnico pelo departamento de projetos da Projeto Alumínio, arquiteto e professor universitário


Ponteio Lar Shopping, Belo Horizonte, (MG)/Reprodução: Projeto Alumínio

O ACM, assim como qualquer outro material, deve ser instalado por profissionais capacitados, com experiência e conhecimento técnico sobre o produto, estrutura e acessórios. A Projeto Alumínio, fabricante profissional de painéis de ACM, indica que seus clientes procurem referências sobre o instalador, com arquitetos e consultores que já tenham trabalhado juntos, e exemplos de obras de porte similares ao do projeto a ser executado.


É importante salientar que o ACM é um material de acabamento, portanto deve ser instalado na última etapa da obra para evitar danos durante a construção, causados principalmente por terceiros.


Antes de iniciar o corte das chapas, é necessário que o instalador aplique a estrutura auxiliar e faça um mapeamento das medidas in loco, para confrontar com o projeto de consultoria (ou arquitetura) e verificar possíveis ajustes nas medidas da paginação e/ou mapa de corte dos painéis.


O ACM é um painel bruto, ou seja, ele não é um material que vem pronto de fábrica para instalação, necessita de conformação. Dentro dos diversos trabalhos de conformação, com o painel de ACM Projeto Alumínio, é possível: calandrar (arredondar); dobrar em diversos ângulos (usinar); curvas a frio; cortar (com serras circulares e disco apropriado); serrar; puncionar; rebitar; parafusar; e colar (fitas Dfix ACM).


É importante destacar que os painéis da marca devem ser aparados antes da conformação. Para garantir esquadro correto e bordas cortadas com precisão, principalmente no sistema de instalação colado (com usinagem de topo), é recomendável aparar todos os lados do painel.


Figura 01 – profundidade da usinagem com diferentes tipos de fresas Fonte: Manual Técnico de Instalação Projeto Alumínio (2022)

Dentre os diversos tipos de conformação, a usinagem para dobras talvez seja o procedimento mais comum nas instalações em geral. A usinagem é realizada desbastando-se a lâmina de alumínio inferior do painel (face interna) e parte do núcleo de polietileno de baixa densidade, auto-extinguível (LDPE IV-A) ou mineral antichamas (Fire Retardant FR II-A, ou retardante de fogo, em português). O sulco executado deve ter uniformidade na profundidade para se obter uma dobra alinhada, evitando problemas associados a perda de planicidade do módulo, fissuras na tinta/acabamento, desalinhamento ou ruptura na dobra. A usinagem deve ter profundidade de 1 mm, contados a partir da extremidade da lâmina acabada (face externa), conforme exemplificado na figura 01.


A qualidade da ferramentaria da mão de obra é item fundamental para garantir vida útil ao ACM, tanto com núcleo comum (LDPE IV-A) como antichamas. Usinagem realizada em bancadas improvisadas na obra, que estejam desniveladas ou com fresas sem corte (desgastadas ou mal afiadas) são elementos importantes no processo de conformação (figura 02) e contribuirão para a perda de garantia do produto.

Exemplos de profundidade e uniformidade da usinagem Fonte: Manual Técnico de Instalação Projetoalumínio (2022)

Outro fator que merece atenção está relacionado a profundidade inadequada no sulco da usinagem. Quando a profundidade é superior a recomendada (+ 1mm), a dobra não é realizada por completo, fato este que força a quina do painel e, consequentemente, a pintura, podendo ocasionar ruptura das camadas da tinta. A usinagem inferior a recomendada (- 1 mm) também se torna um problema, pois sem ter o núcleo como parte da dobra (na quina), a lâmina externa do alumínio pode romper por stress (ocasionado pela pressão do vento no painel instalado ou trinca do alumínio no momento da dobra), este fator poderá levar a dois tipos de problemas (figura 02 exemplos 02 e 03). São eles: a soltura do painel da subestrutura devido ao rompimento da lâmina; e a ruptura das camadas da tinta, que poderá ser uma porta de acesso para corrosão filiforme.


Após a execução do sulco com uniformidade e profundidade correta, a execução da dobra do painel deve ser realizada de uma só vez, em movimento único, ou seja, com o auxílio de um gabarito de dobra. Este procedimento evita a torção do painel, quando executado a dobra em partes (principalmente em módulos grandes) pode gerar um desalinhamento da junta na quina (canto da dobra) conforme exemplifica a figura 02, exemplos 02 e 03.


Como último detalhe, não menos importante, os painéis devem ser usinados sempre pelo verso (lâmina inferior) e jamais pela frente (lâmina de acabamento – com película protetora).


Baleia B32, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo (SP), utilizou painéis da Projeto Alumínio

Usinagem bem feita dá garantias físicas ao módulo e evita problemas de ordem estética (corrosão na pintura) ou técnica (rompimento do painel por stress). Em caso de dúvidas, entre em contato com o departamento técnico da Projeto Alumínio ou acesse os manuais técnicos através do site (www.projetoaluminio.com.br).

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