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Curiosidade: conheça as casas de ponta‑cabeça pelo mundo

Reprodução: Tripadvisor
Reprodução: Tripadvisor

As casas de ponta‑cabeça chamam atenção pela inversão completa de estruturas, móveis e objetos, proporcionando aos visitantes uma experiência visual e sensorial inusitada. O conceito surgiu na Europa em meados de 2007, quando o arquiteto polonês Daniel Czapiewski projetou a primeira casa invertida como atração turística em Szymbark, no norte da Polônia. A construção, chamada Dom Do Góry Nogami, simboliza a instabilidade e a confusão, representando uma sociedade de cabeça para baixo. 


Reprodução: Casa.com.br
Reprodução: Casa.com.br

Na Alemanha, outro fenômeno ganhou destaque em 2008, com a inauguração da Die Welt Steht Kopf (Trassenheide), localizada na Ilha de Usedom. Idealizada pelos arquitetos Klaudiusz Gołos e Sebastian Mikiciuk, a casa possui todos os móveis e objetos fixados ao teto, incluindo sofás, mesas, plantas e utensílios de cozinha, proporcionando aos visitantes a sensação de que não existe gravidade. A casa foi construída com uma leve inclinação de seis por cento, reforçando a impressão de que o imóvel despencou sobre o telhado.


Reprodução: Tripadvisor
Reprodução: Tripadvisor

Na Áustria, em Terfens, se encontra outra casa invertida a Haus Steht Kopf, igualmente mobiliada, que convida os visitantes a “andar pelo teto” e a experimentar o espaço de forma desconstruída. A proposta austríaca segue a mesma lógica de confundir a percepção e gerar estranhamento, transformando a arquitetura em uma instalação artística e sensorial. 


Reprodução: Revista Haus
Reprodução: Revista Haus

Na Rússia, a cidade de Ufa abriga a maior casa invertida do mundo, inaugurada em 2018. O projeto custou cerca de 350 mil euros e tem curadoria de Alexander Donskoy. A residência mantém geladeira abastecida, roupas dobradas e gavetas, simulando um momento congelado no tempo e reforçando a dimensão artística e de espetáculo da construção.


Reprodução: TV Gazeta
Reprodução: TV Gazeta

No Brasil, a experiência também pode ser encontrada, ainda que de forma mais modesta, no norte do Espírito Santo, na cidade de São Mateus. A residência de Valdivino Miguel da Silva, conhecida como “casa dos loucos”, apresenta portas, janelas e telhado invertidos, com cozinha, quartos e banheiro funcionando normalmente. A entrada oficial fica na parte de trás, discreta aos curiosos. A obra se tornou ponto turístico, atraindo visitantes interessados na criatividade e no humor da construção. 


Embora muitas dessas casas não sejam projetadas para moradia permanente, elas conquistaram espaço em roteiros turísticos de diversos países, incluindo Polônia, Alemanha, Áustria, Rússia e Brasil. O aumento desse tipo de arquitetura evidencia o interesse crescente por experiências visuais, criativas e interativas.



Colaborou: Júlia Rebouças (estagiária)


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