Curiosidade: a evolução histórica das fechaduras
- Equipe Contramarco
- há 8 minutos
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A história das fechaduras acompanha a própria evolução das formas de proteger bens e controlar acesso. Ao longo dos séculos, esses mecanismos passaram de peças simples de madeira a sistemas digitais integrados a celulares e redes de internet.
Dispositivos de madeira
Os primeiros registros de fechadura datam de cerca de 4.000 a.C. (antes de Cristo), na Mesopotâmia e no Egito. Eram dispositivos de madeira que funcionavam com pinos internos movimentados por chaves grandes e rudimentares. Com o tempo, os egípcios aperfeiçoaram o sistema, e os romanos difundiram a tecnologia pela Europa, substituindo a estrutura de madeira por metal, o que tornou as fechaduras mais duráveis e seguras.

Primeiras fechaduras metálicas
Na Idade Média, o uso do ferro se consolidou. As fechaduras passaram a apresentar mecanismos mais elaborados, muitas vezes decorados, produzidos por artesãos especializados. Além de proteger, esses dispositivos também funcionavam como elementos estéticos e demonstravam o status de quem utilizava.
Novos mecanismos
A partir do século XVII, a Revolução Industrial marcou uma virada importante. A produção em larga escala tornou as fechaduras metálicas mais acessíveis, e novos mecanismos surgiram. Entre eles, a fechadura de dupla abertura criada por Robert Barron, em 1778, e o modelo desenvolvido por Jeremiah Chubb, que travava automaticamente quando alguém tentava forçar. No século XIX, Linus Yale e seu filho aperfeiçoaram o sistema de cilindro com pinos, que acabou se tornando referência mundial e permanece como padrão em residências e estabelecimentos.
Combinação numérica
Ao longo do século XX, a variedade de fechaduras aumentou. O cilindro de pinos se consolidou, enquanto surgiram modelos com combinação numérica, chaves magnéticas e sistemas multiponto, além de versões específicas para portas de correr. A padronização e os avanços na metalurgia facilitaram a produção de mecanismos mais seguros e resistentes.

Nas últimas décadas, surgiram as fechaduras com painéis numéricos, cartões magnéticos e acionamento remoto que se popularizaram, especialmente em hotéis e ambientes corporativos.
Dispositivos inteligentes
Já no século XXI, com o avanço da digitalização, as chamadas fechaduras inteligentes se tornaram mais comuns. Esses dispositivos permitem abertura por senha, biometria, aproximação ou aplicativos de celular. Também oferecem recursos como criação de acessos temporários, registro de entradas e integração com assistentes virtuais.
A trajetória das fechaduras mostra como a necessidade de proteção acompanha o desenvolvimento tecnológico. De peças de madeira movidas por pinos a sistemas eletrônicos conectados, elas continuam evoluindo conforme novas exigências de segurança surgem no dia a dia.
Colaborou: Júlia Rebouças (estagiária)

