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CONSTRUÇÃO CIVIL GERA MAIS DE 317 MIL POSTOS DE TRABALHO EM UM ANO, SEGUNDO DADOS DO CAGED


Reprodução: Monitor Mercantil

Mesmo em meio à crise sanitária, o segmento da construção civil gerou, entre junho de 2020 e maio de 2021, 317.159 novas vagas de emprego, um crescimento de cerca de 15% em relação ao mesmo período anterior, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apresentado pela Secretaria de Trabalho da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.


De janeiro a maio deste ano, o setor foi responsável por empregar 156.693 trabalhadores com carteira assinada, quase 7% a mais do que nos mesmos meses de 2020 — a segunda maior alta para o intervalo observada pelo Ministério da Economia, atrás apenas da agropecuária.


O economista Benito Salomão, mestre em Avaliação de Políticas Públicas pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), diz que os bons resultados obtidos pela construção civil nos últimos meses são reflexo, em parte, da redução da taxa básica de juros, a Selic, que aconteceu no ano passado, quando ela chegou à marca de 2% ao ano.


“Isso estimulou o crédito, e as pessoas se sentiram encorajadas a tomar empréstimos para fazer reformas ou construir, o que refletiu na alta da demanda por emprego”, explica. “E como os brasileiros tiveram de ficar mais tempo em casa, eles sentiram a necessidade de transformar as residências em lugares mais confortáveis. Isso também estimulou o setor da construção civil", acrescenta.


Para ele, o fato de algumas ocupações na construção civil não exigirem formação superior também contribuiu para que o setor gerasse mais vagas. O economista ainda diz que o setor teve sucesso por ter aberto as portas a profissionais que saíram das suas ocupações principais e não conseguiram retornar a esses mercados. “Os trabalhadores sem maiores qualificações não têm muita opção sobre a atividade que vão exercer e acabam assumindo a oportunidade que aparece.”


AUMENTO NOS PREÇOS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO


O setor de varejo de material de construção foi um dos que menos sentiram os impactos da crise gerada pela pandemia. De acordo com a Federação Brasileira de Redes Associativistas de Materiais de Construção (Febramat), no primeiro trimestre deste ano, as lojas do segmento apresentaram uma evolução de 30,5% no faturamento na comparação com o mesmo intervalo de 2020.


O setor de varejo de material de construção foi um dos que menos sentiram os impactos da crise gerada pela pandemia. De acordo com a Federação Brasileira de Redes Associativistas de Materiais de Construção (Febramat), no primeiro trimestre deste ano, as lojas do segmento apresentaram uma evolução de 30,5% no faturamento na comparação com o mesmo intervalo de 2020.


"Mesmo depois de um início de pandemia assustador, onde as lojas tiveram que fechar as portas, com a abertura gradual o que se observou foi uma rápida retomada nas vendas, apresentando um crescimento maior do que nos últimos anos, em especial pelo fato de as pessoas terem ficado em casa e olharem mais para as necessidades de reformas", analisa o presidente da Febramat, Paulo Roberto dos Santos Machado.


Em contrapartida, os materiais de construção estão mais caros. Em junho, o Índice Nacional de Custo da Construção - M (INCC-M), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 2,3%. No mês anterior, o indicador tinha avançado 1,8%. Com esse resultado, o índice acumula alta de 9,38% no ano e de 16,88% em 12 meses.


De acordo com a FGV, a taxa correspondente a Materiais e Equipamentos subiu 1,65% em junho, contra 2,93% no mês anterior. Todos os subgrupos componentes apresentaram decréscimo em suas taxas de variação, destacando-se materiais para estrutura, cuja taxa passou de 2,91% para 2,09%.


Segundo a instituição, a variação relativa a Serviços passou de 0,95% em maio para 1,19% em junho. Neste grupo, vale destacar o avanço da taxa do item projetos, que passou de 1,95% para 2,29%. A taxa de variação referente ao índice da Mão de Obra, por sua vez, passou de 0,99% em maio para 2,98% em junho.


Fonte: Correio Braziliense

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