No dia 11 de maio de 2022, a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) se posicionou em nota à imprensa sobre o preço do aço no Brasil, que está relativamente caro quando avaliado o custo dos insumos da construção.
O item vem impactando o setor, principalmente nos dois últimos anos após sofrer uma variação de 101%. Como base de comparação, desde 2020, outros insumos tiveram reajustes menores: cimento (+39%) e tijolo e peças cerâmicas (+46%). O próprio dólar variou 38% no período, enquanto o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 27%. Os dados são do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), da Fundação Getúlio Vargas.
“O custo do aço no Brasil sempre foi um dos mais baratos do mundo, mas agora a situação mudou, principalmente quando comparamos o poder de compra do brasileiro em relação aos imóveis”, afirma a associação.
Uma pesquisa da Numbeo, que representa a maior base de dados colaborativa sobre cidades e países do mundo, aponta que o metro quadrado brasileiro custa cerca de US$ 2 mil, enquanto o americano está na casa dos US$ 15 mil.
Luiz França, presidente da Abrainc, afirma que o impacto do aumento do aço no segmento Casa Verde e Amarela (CVA) é grande pela magnitude do programa da moradia popular. “Não é correto pensar que essa variação prejudique uma ou outra empresa. Isso é um grande erro, uma vez que o CVA, por exemplo, representa 80% de todas as moradias construídas no Brasil e, com isso, gera anualmente 1,4 milhão de empregos”, diz.
“A redução pode ampliar as possibilidades de compras de materiais para o setor da construção, podendo contribuir para atenuar a subida dos custos em um momento em que as famílias de baixa renda estão sofrendo com a alta inflação”, analisa o presidente. “A medida estimula não só a produção de moradias como a geração de postos de trabalho”, reforça, dizendo que uma redução no preço do aço permitiria que o setor ganhasse força e competitividade.
Fonte: Abrainc/Assessoria FSB Comunicação
