Anodização e pintura eletrostática em esquadrias
- Equipe Contramarco
- 4 de ago.
- 3 min de leitura
Atualizado: 25 de ago.

Na arquitetura, os acabamentos para esquadrias contam com revestimentos aplicados em estruturas de portas e janelas, geralmente de alumínio, aço ou PVC. Eles são feitos com o objetivo de proteger contra corrosão, intempéries e também para fins estéticos.
Podendo ser realizados em diversos modelos, os processos de anodização e pintura eletrostática têm ganhado cada vez mais destaque como soluções eficientes para garantir proteção, beleza e maior vida útil a portas, janelas e fachadas metálicas, adaptando-as ao estilo do projeto arquitetônico desejado.
Anodização
Método que converte uma superfície metálica em um acabamento decorativo de óxido anódico. Conhecido por melhorar a robustez, a resistência à corrosão, a resistência ao desgaste e a estética de peças não ferrosas, normalmente alumínio e suas ligas. Envolve a criação de uma fina camada protetora de óxido na superfície do substrato por meio de um processo eletroquímico.
O óxido de alumínio não se fixa à superfície como tinta ou revestimento. Ele é totalmente integrado ao substrato de alumínio, o que evita lascas ou descascamento. Também possui uma estrutura porosa que permite processos secundários, como coloração e selagem.
No processo é realizada uma imersão do alumínio em um banho de eletrólito ácido e, em seguida, pela passagem de uma corrente elétrica através dele. Um cátodo é montado no interior do tanque de anodização; o alumínio atua como ânodo, liberando íons de oxigênio do eletrólito para se combinarem com os átomos de alumínio na superfície da peça a ser anodizada. A anodização é, na verdade, um processo de oxidação altamente controlado.
Entre as principais vantagens, estão:
Resistência à corrosão aumentada: O processo cria uma camada de óxido que protege o alumínio contra condições adversas.
Estética sofisticada e personalizável: Permite diferentes acabamentos e mantém o brilho metálico.
Durabilidade e baixa manutenção: A camada de óxido faz parte da estrutura do material, o que significa que não descasca ou desbota facilmente, diferentemente de outros tipos de acabamentos como pintura ou verniz.
Sustentabilidade e impacto ambiental: Processo ambientalmente seguro e alumínio 100% reciclável.
Versatilidade de aplicações: Podem ser usadas tanto em projetos residenciais quanto comerciais, integrando-se facilmente a diferentes estilos arquitetônicos.
Desvantagens:
Custo inicial elevado: Custo mais elevado em comparação a outros métodos.
Opções de reparo limitadas: Danos na camada anodizada podem ser difíceis de reparar, muitas vezes exigindo uma nova anodização completa.
Variabilidade de cores: Controle de tonalidade pode ser um desafio, especialmente em aplicações decorativas.
Incompatibilidade com certos metais: Mais eficaz em alumínio, mas nem todos os metais podem ser anodizados com sucesso, como o aço.
Acabamento não uniforme: Possíveis variações de espessura e cor.
Subprodutos perigosos: O processo de anodização pode gerar subprodutos, como ácido crômico, que exigem manuseio cuidadoso e descarte adequado.
Pintura Eletrostática
Uma das formas de acabamento mais utilizadas no ambiente industrial. Isso porque esse tipo de pintura atinge os melhores resultados tanto em qualidade, quanto em resistência e eficiência.
Funciona através da atração de substâncias com polarização diferente, como um ímã. Dessa forma, o substrato a ser pintado precisa conter uma carga elétrica (geralmente positiva), enquanto a tinta recebe uma carga elétrica oposta (geralmente negativa). Isso faz com que a tinta seja atraída para a superfície a ser pintada. A tecnologia de aplicação eletrostática pode ser utilizada tanto em tintas líquidas quanto em tintas a pó.
Após essa primeira etapa, a peça passa pelo processo de cura, que pode ocorrer ao ar livre ou dentro de uma estufa, sempre de acordo com o tipo de tinta aplicado. Esse tipo de pintura proporciona, entre outras vantagens, agilidade no processo, permitindo rápida troca de cor e um acabamento sem bolhas, manchas ou escorrimentos.
Entre as vantagens do processo, estão:
Durabilidade: Resistência superior em comparação a outros métodos, principalmente em materiais de aço arquitetônico, móveis, alumínios, portas e janelas.
Praticidade: Evita escorrimentos e manchas, sendo mais “limpa”.
Economia: Reduz o desperdício de material.
Preservação ambiental: Sem solventes, reduzindo emissões nocivas, poluindo bem menos que as tintas líquidas
Desvantagens:
Limitação de cores: Variedade mais restrita em relação à pintura líquida, especialmente em sistemas de pintura a pó.
Dificuldade em peças complexas: Aplicação pode ser menos uniforme, principalmente em peças com muitos recortes ou com formas mais complexas.
Necessidade de equipamentos específicos: O processo requer equipamentos como cabines de pintura, pistolas de pintura eletrostática e estufas de cura.
Requisitos de aterramento: É crucial garantir um bom aterramento para evitar acúmulo de eletricidade estática e riscos de choque.
Colaborou: Leonardo Matias Simões. Com informações de: afeal.com.br; phos.co.uk; portaldoaluminio.com.br; olgacolor.com.br e koria.com.br