Um em cada cinco aluguéis residenciais no estado de São Paulo passou por processo de renegociação nos últimos meses, é o que aponta o levantamento realizado pela Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC). O resultado é uma consequência da crise econômica causada pela pandemia.
José Roberto Graiche Júnior, presidente da associação, informou que os descontos nos aluguéis variaram entre 10% e 50%, por períodos de aproximadamente três meses. Segundo ele, em 90% dos acordos, os valores foram reduzidos temporariamente e deverão ser repostos em parcelas nos próximos meses.
Antes da crise, os atrasos dos pagamentos de aluguel representavam, em média, 1,8% do total dos contratos de locação e, nos últimos dois meses, segundo ele, ficaram em 2,8%.
Conforme Mark Turnbull, vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), a orientação é negociar, ele ressalta que, para os donos, pode ser mais caro deixar a casa ou o apartamento vazio do que reduzir o valor do aluguel.
Turnbull destaca que a crise vai definir os rumos dos aluguéis daqui para a frente. Mesmo os reajustes anuais dos contratos, que costumam seguir a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), devem ser repensados.
Fonte: Portal AECweb
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