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NÚMERO DE MULHERES NA CONSTRUÇÃO CIVIL CRESCEU EM DEZ ANOS

Equipe Contramarco

O segmento de construção civil ainda é visto, predominantemente, como um ambiente masculino. Porém, a presença feminina é cada vez mais marcante. Apesar de ainda representarem uma parcela inferior a 20% de profissionais no setor, as pesquisas mais recentes indicam um crescimento significativo nos últimos anos.


Reprodução: Lyx Engenharia/Estilo Editorial Comunicação

Segundo dados do Painel da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP), em 2020, foi registrado um aumento de 5,5% de cargos com carteira assinada ocupados por mulheres no Brasil. Em números, isso significa um aumento de 205.033 postos de trabalho em 2019 para 216.330 em 2020. Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fez um recorte entre os anos de 2007 e 2018 e o resultado foi um crescimento de 120% no número de mulheres trabalhando nessa área.


Celia María Sánchez é servente e conta que desde o começo está ao lado de outras mulheres observando cada uma das etapas de trabalho e aprendendo a fazer um pouco de tudo em cada obra pela qual passou. Ela relata que sua vida mudou drasticamente depois que saiu da Venezuela – país que vem sofrendo com grave crise econômica – onde trabalhava como educadora, para buscar uma condição melhor de vida. Entrou na construção civil, na qual não tinha experiência, e hoje sustenta sua família que, assim como ela, veio em busca de melhores condições de vida no Brasil.


No contexto histórico, a Primeira Guerra Mundial foi um marco que mudou a relação das mulheres com o trabalho. Nesse período, muitas delas deixaram de executar exclusivamente as funções domésticas para disputar as vagas no mercado de trabalho e ocupar lugares antes restritos aos homens.


Na construção civil, os números são positivos mesmo com os percalços da pandemia. O aumento da demanda e a falta de mão de obra abriu oportunidade para muitos brasileiros, independentemente de gênero. A mudança também é nítida dentro das salas de aula das universidades, onde, de acordo com o Censo de Educação Superior, os números vêm aumentando de forma contínua desde 2007. No canteiro de obras, elas estão presentes nas mais diversas atividades: engenheiras, arquitetas, mestres de obra, auxiliares e também em cargos administrativos de empresas da construção civil.


Porém, mesmo conquistando diversos espaços, ainda existem muitos desafios. Isso porque dos 1.069.137 de profissionais cadastrados no Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), apenas 210.131 profissionais são mulheres, ou seja, menos de 20%.


Além disso, em 2020 no Brasil, as mulheres ainda ganham menos que os homens, desempenhando as mesmas funções, de acordo com a pesquisa “Brasil a Inserção das Mulheres no Mercado de Trabalho”, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.


Fonte: Lyx Engenharia/Estilo Editorial Comunicação

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