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VIDRO: DESEMPENHO TERMOACÚSTICO E INTELIGENTE

Especialistas analisam as evoluções tecnológicas do material e seus benefícios


Por Stephanie Fazio


Com apenas um “click” a transparência do vidro dá lugar a uma tela incolor de projeção de imagens e vídeos. O modelo inteligente, também conhecido como smart glass, conta com tecnologia que envolve o polímero, capaz de alterar as propriedades cromáticas do produto em função da eletricidade.


Além de mudanças na parte visual, as soluções de vidro também mexem com as sensações dos indivíduos. Os itens que possuem desempenho térmico, isolam o calor e a luminosidade excessivos. Já as soluções acústicas, proporcionam maior conforto, reduzindo os ruídos no ambiente.


Com isso, a cada ano que se passa, o item vem ganhando novos papéis na arquitetura. O material, inicialmente visto como um elemento frágil, hoje com o respaldo da tecnologia e avanços constantes, “passou a ter papel estrutural e ser um elemento essencial quando o assunto é conforto térmico e acústico e, até mesmo um aliado em casos em que é necessário conciliar privacidade e luminosidade”, analisa Fernanda Quintas, arquiteta e supervisora de marketing e especificação técnica da PKO do Brasil.



Para Nilson Viana, coordenador da consultoria técnica da Cebrace, os avanços mais recentes na indústria vidreira se deram nas superfícies dos produtos, com camadas metálicas que ajudam no desempenho energético, e também no processamento, que traz melhor desempenho mecânico ao produto, proporcionando mais segurança ao usuário. “Há muito tempo o produto deixou de ter um papel apenas como um simples material de vedação e entrada de luz”, ressalta.


Dentre os vidros especiais com soluções tecnológicas envolvidas, a arquiteta cita o de controle solar, que garante maior conforto térmico aos ambientes, melhora o equilíbrio da luminosidade e é um aliado na redução do uso do ar-condicionado. “Obras que optam por esse material recebem pontuações na hora de buscar um selo verde. E a tendência é que vá recebendo novas funcionalidades na edificação para atender às necessidades dos usuários, que estão em busca cada vez mais de conforto, design e sustentabilidade”, relata o coordenador.



“Outro produto altamente tecnológico é o vidro autolimpante, que aproveita dos raios UV associados a água da chuva para combater a sujeira e os resíduos que se acumulam no exterior”, explica Fernanda. Ela acrescenta que o modelo antirreflexo não altera a capacidade de transmissão de luz, sendo indicados para projetos, como: vitrines, showrooms, museus, concessionárias e displays.


A profissional destaca também as funcionalidades do vidro corta-fogo, que possui tecnologia que bloqueia o curso das chamas no caso de um incêndio. Já a solução antirriscos, apresenta uma camada protetora dez vezes mais resistente a riscos, sendo a opção ideal para tampos de mesa e aparadores, agregando valor na decoração e interiores.


O vidro inteligente, também conhecido como polarizado, e o modelo insulado com persiana embutida, proporcionam privacidade sempre que necessário, segundo a arquiteta. “Diante disso, é possível notar o quanto o produto tem evoluído no decorrer do tempo, acompanhando as tendências socioeconômicas e tecnológicas, para oferecer ao setor da construção civil peças com desempenho cada vez mais especiais”, diz.


Já conforme Viana, a solução em si não sofreu grandes mudanças no processo de fabricação da matéria-prima base. “Podemos dizer que o último grande avanço no processo de produção aconteceu com o surgimento do sistema float, na década de 1950. Depois disso, a indústria do vidro plano ascendeu a outro nível de desempenho técnico e econômico e o item ganhou qualidade muito superior àquela possibilitada pelos sistemas anteriores”, comenta.


PRODUTOS MAIS REQUISITADOS


Exemplo do PKO Privacy Glass aplicado/Reprodução: PKO do Brasil

De acordo com Viana, o que determina se um vidro está ou não desempenhando seu papel termoacústico é a capacidade de trazer conforto ao usuário. Para atingir os desempenhos ideais, é necessário ter um entendimento do local onde esse produto será instalado e especificar a melhor opção para que o produto atinja seu objetivo.


Segundo Fernanda, quando se trata da solução do modelo inteligente PKO Privacy Glass, a opção no modelo incolor é a mais requisitada devido a popularidade do produto. “No entanto, a opção em vidro extra clear é a mais indicada para quem deseja o material inteligente não só para controle de privacidade, mas também como elemento para projeção de imagens”.


O vidro polarizado da PKO representa o equilíbrio entre a privacidade e a entrada de luz nos ambientes. Isso porque utiliza uma tecnologia que transforma, em instantes, a solução de cor branca translúcida em incolor, conforme a arquiteta.


Dentre as principais vantagens do produto, ela destaca: uso racional dos espaços; ambientes versáteis e tecnológicos; facilidade de limpeza e manutenção; alta durabilidade; possibilidade de projeção de imagens quando o vidro está desligado; bloqueio de até 99,6% da radiação ultravioleta, reduzindo danos a pele, móveis e tecidos.


Exemplo do PKO Privacy Glass aplicado/Reprodução: PKO do Brasil


A produção do PKO Privacy Glass é feita por um processo de laminação de dois vidros com um filme de cristal líquido (em inglês liquid crystal display; LCD), com polímeros dispersos, revela Fernanda. “Quando uma voltagem é aplicada, as moléculas se organizam em uma direção específica, tornando-o incolor. Isso permite a passagem de luz por meio do material. Quando o dispositivo é desligado, as moléculas voltam à sua condição original, tornando o item branco translúcido novamente”, explica.


Ela menciona que o modelo possui alta resistência a impactos. Por ser um produto laminado, em caso de quebras, os fragmentos de vidros se mantêm aderidos à película, reduzindo riscos de lesões corporais e danos materiais, além de não abrir vãos.


As soluções de proteção solar da Cebrace estão disponíveis em duas linhas: a Cebrace Cool Lite, para edifícios comerciais, que reduz até 80% da entrada de calor nos ambientes; e a Habitat, que já é específica para residências e “barra” até 70% da entrada de calor, segundo o coordenador. “Cada linha tem diferentes produtos que variam em desempenho e estética”, anuncia.


Exemplo do vidro Cebrace Cool Lite S aplicado/Reprodução: Cebrace


No quesito acústico, Viana informa que a composição do vidro tem um papel fundamental para reduzir a entrada de ruídos no ambiente. Os modelos podem ser aplicados nas versões monolítica, laminada, insulada e laminada/insulada.


Ou seja, quando um arquiteto ou consumidor opta por soluções de proteção solar em uma fachada, ele pode agregar conforto térmico ao acústico. “Isso, se tiver o acompanhamento de um especialista para entender os melhores vidros e tipos de processamentos para reduzir ao mesmo tempo calor e ruído”, argumenta o colaborador.


Exemplo de vidro da Linha Habitat aplicado/Reprodução: Cebrace


AMBIENTES DE APLICAÇÃO IDEAIS PARA CADA MODELO


Existe um estudo técnico para entender as necessidades do local e a melhor forma de aplicação dos vidros. Esse material é muito versátil e não encontra barreiras em locais de uso, necessitando de um profissional para garantir a segurança e também o resultado final desejado pelo arquiteto ou usuário, conforme Viana.


Fernanda afirma que o modelo PKO Privacy Glass pode ser aplicado em salas de reunião, divisórias corporativas, restaurantes, clínicas e hospitais, salas de banho, entre outros.


“No caso de instalações em hospitais e ambientes da saúde essa é a solução ideal, pois a superfície do vidro é perfeitamente lisa e não permite o acúmulo de poeira ou resíduos, resultando em uma melhor higienização dos ambientes”, conta. Ela complementa que, “a possibilidade de manter a estética translúcida ou transparente dispensa o uso de cortinas ou persianas, reduzindo o risco de infecções”.


Já em salas de banho, por se tratar de um ambiente úmido em que a peça estará exposta ao contato direto com a água, o uso do produto da PKO fica restrito à instalação com todas as bordas protegidas. Assim, garantindo a total estanqueidade da solução, para que não haja danos a ela, como delaminações ou mau funcionamento da parte elétrica, conclui a arquiteta.

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