Ferramenta supera o modelo 3D trazendo informações e aplicações adicionais
A metodologia BIM (Building Information Modeling), traduzida como Modelagem de Informação da Construção, faz parte de um processo de transformação digital no setor de arquitetura, engenharia e construção. Difundida no Brasil no início dos anos 2000, a ferramenta possibilita o desenvolvimento de um modelo digital e tridimensional de todas as etapas de um empreendimento, desde o planejamento até a construção e as operações, garantindo um gerenciamento de projeto íntegro e organizado.
Diferente da modelagem 3D, que oferece apenas a visualização tridimensional do projeto, o BIM incorpora informações adicionais como a quantidade de insumos e os custos. Além disso, por ser um instrumento de gestão das informações, fluxos de trabalhos e procedimentos, o BIM consegue prever problemas com mais facilidade.
“Os principais benefícios da tecnologia BIM são a redução de custos e prazos, melhoria na comunicação entre todos os agentes envolvidos no projeto, maior controle sobre a execução da obra e um resultado mais fidedigno ao que será implantado”, explica Flávio Carlos, especialista em projetos na DF+ engenharia.
ORIGEM DO BIM
Apesar de ter ganhado força a partir de 2018, após incentivo do governo federal, a tecnologia começou a ser discutida na década de 1970. Já o termo BIM passou a ser utilizado somente na década seguinte. A metodologia surgiu da necessidade de profissionais e empresas do setor de construção civil de incorporar informações adicionais aos projetos desenhados em softwares especializados.
IMPLEMENTAÇÃO E DESAFIOS
Além do setor de projetos, pioneiro na implementação do BIM, a metodologia também vem sendo incorporada por empresas relacionadas a outras áreas da engenharia, como construção civil e consultorias. As empresas que aderiram à tecnologia obtiveram redução de custos e prazos, além de maior controle sobre a execução das obras.
Mesmo com os resultados positivos, o Brasil enfrenta desafios com relação à aceitação da implementação da tecnologia. Entre eles está a falta de mão de obra qualificada, o alto investimento em softwares e equipamentos e, principalmente, a resistência dos profissionais e empresas em mudar a metodologia de trabalho.
Embora ainda enfrente resistência, o futuro da tecnologia BIM é promissor. “Eu acredito que o BIM vai trazer grandes frutos. A implementação é um caminho, mas será uma caminhada longa e difícil, especialmente no Brasil”, avalia Saulo Silvestre de Castro, coordenador de projetos de estruturas de concreto e fundações na DF+ Engenharia.
Fonte: Prefácio Comunicação
Komentáre