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Equipe Contramarco

O ISOLAMENTO TERMOACÚSTICO EM UMA OBRA

Profissionais explicam os benefícios de soluções acústicas na construção civil

*Por Emanuelle Ormiga, sob supervisão da profissional habilitada Stephanie Fazio

Reprodução: Mapa da Obra

Na construção civil, as soluções acústicas servem basicamente para reduzir a passagem de ruído de um ambiente para outro, bem como a manutenção da temperatura interna, proporcionando maior conforto acústico para os usuários do espaço em questão. “Ou seja, é a redução do impacto indesejado de um ambiente em outro”, explica J’Ane Senra, gerente de canais para a América Latina em soluções de construção de desempenho na DuPont, empresa química multinacional americana.


De uma maneira geral, a poluição sonora dos grandes centros pode causar diversos danos à saúde, desde simples falta de concentração e dores de cabeça, até casos mais graves. Desde 2013, a ABNT NBR 15.575 - Edificações Habitacionais apresenta o requisito de desempenho acústico a ser cumprido pelas construções, comenta Anderson Oliveira, gerente técnico sênior do Grupo Soprema, especialista em membranas de impermeabilização à base de betume, asfaltos modificados e primers de aplicação. “Na referida norma, há ensaios para medidas de isolamento nas paredes entre as unidades habitacionais, entre pisos, mas também trata do isolamento das paredes externas”, acrescenta.


“Um dos pontos importantes é que, quando falamos em paredes externas, podem ser paredes fechadas ou com aberturas (janelas e esquadrias), neste caso, para a norma não se trata do resultado de um ou outro produto, mas do sistema como um todo, ou seja, o isolamento do conjunto (parede, esquadria, etc) deve atender aos valores mínimos especificados na norma. Por isso, é importante para as construtoras o desenvolvimento de estudos e projetos buscando tornar o ambiente interno menos impactado pelo ruído externo”, afirma o gerente técnico.


COMO É FEITO O ISOLAMENTO TERMOACÚSTICO EM UMA OBRA?


Para J’Ane, cada projeto terá uma necessidade específica e, consequentemente, uma solução adequada. Por isso, é importante entender quais soluções possuem a especificação técnica necessária para performar de acordo com o desempenho termoacústico desejado para a edificação, além dos cuidados necessários para a manutenção da performance dessas soluções a longo prazo.


“Por isso, quando se projeta a solução termoacústica, deve considerar o sistema como um todo e não somente o isolamento em si. É necessário projetar soluções para fachadas, esquadrias, bem como soluções entre pisos e para as coberturas/telhados”, comenta a gerente de canais.


POR QUE PROJETOS COM PROTEÇÃO TERMOACÚSTICA SÃO ENERGÉTICAMENTE MAIS ECONÔMICOS?


Oliveira explica que o Brasil é um país tropical, no qual a média das temperaturas é considerada alta para os níveis mundiais. Apesar disto, ele afirma que o uso de isolamento, ou mesmo o número de projetos específicos de isolamento térmico, é bem abaixo de outros países. Em contrapartida, devido ao clima quente, empresas e residências têm utilizado cada vez mais o recurso do uso de condicionadores de ar, gerando alto consumo de energia elétrica.


“Um projeto adequado de isolamento permitirá a utilização de técnicas construtivas que impedem a entrada de calor, evitando ou reduzindo o uso do ar condicionado. O sistema correto de isolamento contribui na eficiência energética de longo prazo, o que torna a economia no consumo de energia ao longo da vida útil da construção”, pontua o gerente.


J’Ane afirma que esses projetos possibilitam um melhor gerenciamento da temperatura, infiltração de ar e umidade. “Esses fatores contribuem com a manutenção da temperatura interna para geração de um ambiente mais confortável, reduzindo a utilização do sistema de climatização e, consequentemente, o consumo de energia, ou seja, minimiza os impactos ao meio ambiente e gerações futuras”, completa.


Por fim, a gerente afirma que um ambiente mais confortável térmico e acústico, impacta desde a saúde física e psicológica das pessoas, até sua performance e produtividade. E, finalmente, gera maior valor a edificação.


Anderson Oliveira e J’Ane Senra. Reprodução: 2PRÓ Comunicação


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