Empresas como o McDonald's, implementam em suas estruturas das novas unidades
Empresas constantemente estão tendo que passar por adaptações frente às novas necessidades do mundo e um dos setores que vem dando ênfase a inclusão de práticas sustentáveis é o da construção civil. A adesão de políticas verdes tornou-se uma necessidade frente aos danos causados pelas construções, através da implementação de novas tecnologias e uso de materiais renováveis um novo mercado surgiu, dentre eles o da madeira engenheirada, cuja projeção de crescimento global é de 13,7%, segundo pesquisa Markets and Markets.
“Tecnologias de última geração nos ajudam a melhorar as decisões sustentáveis e a aprimorar equipamentos utilizados nas construções. Estas práticas equilibram os ambientes modernos em que vivemos com as necessidades ecológicas atuais”, afirma Tatiana Fasolari, vice-presidente da Fast Engenharia, maior empresa especializada em overlays da América Latina.
Criada em 1990, na Áustria, a madeira engenheirada é considerada uma estrutura leve e resistente, sendo formada por inúmeras estruturas de madeiras cortadas em diversas camadas e adesivadas entre elas. E diferente de outros materiais, ela é renovável e consegue captar CO2 (gás carbônico) na atmosfera.
No Brasil, o uso do material vem ganhando força, tanto que a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) participou em maio deste ano de uma missão empresarial a países europeus para entender o funcionamento e conhecer projetos bem-sucedidos que utilizam a tecnologia. O primeiro empreendimento brasileiro foi a loja de chocolates Dengo, inaugurada em dezembro de 2021, sendo sua edificação de quatro andares totalmente construída em madeira.
Recentemente, uma nova unidade do McDonalds foi inaugurada em São Paulo, sendo usado em sua estrutura, madeira engenheirada produzida a partir de reflorestamento. A unidade possui mais de 60 atributos de sustentabilidade, entre elas: placas de forro de fibra de madeira certificada com 25% do material reutilizado; quiosque externo feito de material reciclado de polipropileno reciclado; compostagem interna e externa; acabamento de mesas em laminado PET 90% reciclado, entre outros.
Sua versatilidade, praticidade e durabilidade permite que seja usada desde estruturas até revestimentos e acabamentos, sendo considerada uma das maiores inovações do mercado. Atualmente, o material movimenta US$1,7 bilhão no mundo e pode chegar a US$3,6 bilhões em 2027, segundo projeção da consultoria Market Research Future (MRMF).
“As obras sustentáveis tendem a ficar cada vez mais comuns no setor de construção civil e os ‘selos de sustentabilidade’ – reconhecidos internacionalmente – passam uma boa imagem para o cliente e mostram os esforços empreendidos nas construções para contribuir com o meio ambiente”, complementa Fasolari.
De acordo com um relatório lançado na COP 27 (27ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas) pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) no ano passado revelou que o setor da construção civil é responsável por 36% do consumo de energia, 38% de emissões de carbono relacionadas à energia e 50% do consumo de recursos naturais.
Já no Brasil, os dados também não são positivos já que a produção de cimento produz cerca de 8% a 9% de todo CO2 (gás carbônico). Um cenário preocupante, devendo a madeira engenheirada ser cada vez mais utilizada em projetos e canteiros de obras a fim de diminuir a emissão de gases danosa ao planeta.
“A adaptação à agenda ecológica e implementação de novas tecnologias no setor como a madeira engenheirada não é um processo rápido em nenhuma área, muito menos na construção civil. No entanto, as expectativas e metas sustentáveis continuarão crescendo e as empresas serão cada vez mais cobradas com relação às suas práticas”, finaliza Fasolari.
Fonte: Press FC Assessoria e Consultoria
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