Segundo o Green Building Council Brasil (GBCB), em 2023, houve um crescimento de 40% em construções verdes residenciais
Com a alta do ESG – sigla para práticas de governança ambiental, social e corporativa – e das constantes mudanças climáticas, construções sustentáveis estão sendo cada vez mais solicitadas pelo mercado. Atualmente, o Brasil é o 5º no ranking de países com mais construções sustentáveis do mundo, na frente da Arábia Saudita, Espanha, Itália, Coreia do Sul e México, de acordo com o United States Green Building Council (CBC).
Segundo o Green Building Council Brasil (GBCB), em 2023, houve um crescimento de 40% em construções verdes residenciais. Há algumas opções que os empreendimentos têm usado para reduzir o desmatamento, emissão de gases poluentes e produção de resíduos: sistema de ventilação natural, eletricidade de fontes renováveis, madeira engenheirada, tijolo ecológico e concreto de baixo carbono são algumas das alternativas.
“Tecnologias de última geração nos ajudam a melhorar as decisões sustentáveis e a aprimorar equipamentos utilizados nas construções. Estas práticas equilibram os ambientes modernos em que vivemos com as necessidades ecológicas atuais”, afirma Tatiana Fasolari, vice-presidente da Fast Engenharia, maior empresa especializada em overlays da América Latina.
A movimentação é importante, tendo em vista que o setor de construção civil é responsável por 37% das emissões de CO2 e 36% do consumo da energia global, conforme aponta o Relatório de Status Global de Edificação e Construção de 2022. No Brasil, o segmento corresponde a 6% das emissões de gases de efeito estufa, totalizando 139 milhões de toneladas de CO2 por ano, segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico.
“Esses dados dificultam o caminho para um setor mais verde. Se não conseguirmos gerenciar a emissão dos gases de maneira eficaz, podemos enfrentar restrições regulatórias, danos à credibilidade e a resistência das partes interessadas que exigem práticas sustentáveis”, reitera a especialista.
Destaca-se que o país assumiu o compromisso de diminuir a emissão de gases em 53% até 2030, e auxiliar na neutralidade do carbono até 2050. Segundo a Confederação Nacional da Indústria, será necessário para isso um investimento de pelo menos R$40 bilhões e o aprimoramento de políticas públicas e privadas. Um exemplo é o Projeto de Lei 2.148/2015, que aguarda aprovação no Senado, cujo objetivo é instituir um Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) que estabelece tetos de emissão e regras de venda para títulos de compensação.
O projeto net-zero, criado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), busca apoiar a transição do setor para uma economia de baixo carbono. Por meio do arcabouço político-institucional, projetos-piloto, inovações tecnológicas, capacitação e disseminação de boas práticas no segmento, o programa receberá US$10 milhões em recursos não reembolsáveis do Fundo Global para o Meio Ambiente, tendo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) como agência implementadora.
“Projetos voltados para a neutralização do carbono são necessários e tendem a ficar cada vez mais comuns no setor. Os próprios “selos de sustentabilidade" - reconhecidos internacionalmente - passam uma boa imagem para o cliente e mostram os esforços empreendidos nas construções para contribuir com o meio ambiente”, finaliza Tatiana.
Fonte: Press FC
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