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Equipe Contramarco

COMO NASCE O DESENHO DE UMA FACHADA RESIDENCIAL?

Arquiteta Luizette Davini explica que beleza e funcionalidade pautam o projeto de uma fachada, que interfere diretamente no urbanismo da cidade



Imagens: Studio Davini Castro/Assessoria dc 33


Capaz de indicar o estilo arquitetônico e preferências de quem ali mora e, ainda, se incorporar com a paisagem e urbanismo a sua volta, interferindo em como a vizinhança usa e sente o bairro em que ela está inserida, são particularidades da fachada de um projeto. “A fachada é a identidade visual de um projeto arquitetônico, que dialoga tanto com a parte interna do imóvel como também com seu o entorno”, resume a arquiteta Luizette Davini, do Studio Davini Castro.

“Por isso, ao idealizar seu desenho, é importante fazer visita ao local para reconhecimento de todos os elementos envolvidos, tais como: insolação, ventilação, tipo de terreno, vistas e outros, que ajudarão na criação de um bom projeto e, consequentemente, boa fachada”, explica a profissional.

Mais do que uma questão estética, um projeto de fachada nasce de estudos do terreno, como a orientação solar, por exemplo, pode ser determinante na hora de considerar aberturas, em busca do melhor conforto térmico e de um programa de necessidades completo, fornecido pelo cliente. “Isso é essencial para que um profissional tenha sucesso no projeto arquitetônico como um todo, incluindo a fachada”, afirma Luizette.

De acordo com a profissional, um projeto de fachada também deve considerar seu entorno, garantindo coerência arquitetônica com o bairro e contribuindo para um urbanismo harmônico. Ainda assim, ele deve respeitar o estilo do cliente. “A definição da fachada, que é um dos pontos mais importantes de um projeto, tem ligação ao estilo de vida e também às opções estéticas do cliente, que pode ser clássica ou moderna, por exemplo”, pontua. Quanto a seu dimensionamento, a arquiteta afirma que muito depende das impressões e pesquisa do arquiteto referente ao local, respeitando sempre a legislação vigente.

Escolha de materiais

Uma vez definido o projeto arquitetônico e seu estilo, é possível pensar nos melhores materiais para compor a fachada. “A combinação de texturas e cores é fundamental para uma boa solução de fachada”, opina Luizette, que aposta em materiais como concreto, pedras, tijolos à vista, texturas e vidros como principais tendências.

Elementos vazados, como o cobogó (denominação dada para o elemento vazado), podem conferir brasilidade e ainda auxiliar no conforto térmico. O vidro, por outro lado, prioriza a integração entre interior e exterior, podendo ser visto tanto na fachada em si, como em suas esquadrias, algo cada vez mais procurado. “A transparência traz o frescor da área externa para dentro das casas, além do aconchego da iluminação natural. Tem sido uma tendência, especialmente quando consideramos o isolamento social”, opina.

Para não errar, a escolha do material deve ser feita com base em sua durabilidade e resistência às ações do tempo, mas também pode levar em conta a facilidade de limpeza e manutenção. Se a ideia for deixar os revestimentos de lado e optar pela pintura, opção costumeiramente mais em conta, a arquiteta indica a aplicação de tinta acrílica à base de água, podendo se valer do acabamento texturizado. “Apesar do valor mais baixo, essa solução pede habitualmente por mais manutenção”, pondera. Seja qual for a opção, um bom revestimento ou pintura devem valorizar a volumetria e estilo escolhido, conferindo personalidade, segundo a arquiteta.

Elementos importantes


Alguns elementos são essenciais em toda fachada, a começar pela porta principal, que pode se tornar um item de destaque. “Ela deve ser escolhia de acordo com o estilo de todo o projeto, harmonizando com a arquitetura da construção e todos os elementos que a compõem”, diz Luizette. Portas de madeira, por exemplo, são clássicas e passeiam por todo estilo. Os modelos de aço, por outro lado, pressupõem um projeto mais contemporâneo.


Além das portas, as esquadrias têm um papel essencial – atualmente, estão em alta aquelas com tamanho gigante, priorizando a passagem de muita luz natural. Os brises, por sua vez, podem interferir até mesmo no desenho da fachada, fazendo um jogo de luz e sombra, explica a arquiteta.

Além dos elementos da fachada em si, Luizette relembra que considerar o entorno também é importante. “Os elementos externos, como os jardins, muros e piscinas, devem ser incluídos, tornando todo o conjunto harmonioso”, explica. O paisagismo, por exemplo, é capaz de valorizar as formas arquitetônicas, contribuindo para um equilíbrio. É uma forma de complementar o projeto, integrando a casa com seu entorno. “Ele pode vir até como elemento para camuflar um muro, por exemplo, em forma de jardim vertical”, aponta.

Para valorizar todo o conjunto, ela relembra, por fim, a importância de um bom projeto luminotécnico. “A iluminação de fachada deve ser pensada, sob o ponto de vista estético, para valorizar ainda mais a arquitetura”, diz. “Ela também faz parte da segurança patrimonial, posto que uma iluminação adequada inibe invasores e visitantes indesejados”.

Na questão de segurança, a arquiteta afirma que existem diversas tecnologias disponíveis e que devem ser sempre consideradas. “Esquadrias de qualidade, vidros de segurança, fechaduras reforçadas ou digitais, sistema de alarmes e câmeras, entre outros, são exemplos de como tornar o projeto seguro para todas as situações”, conclui.

Fonte: Studio Davini Castro/Assessoria dc 33.

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