O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC), José Carlos Martins, disse ao blog que a retomada de quase 4.700 obras paralisadas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) tem o potencial de gerar 500 mil empregos no país. Ele destaca que a construção civil tem capacidade de gerar rapidamente novas vagas de trabalho, num momento em que o desemprego, em vez de cair, subiu.
Pelos cálculos da equipe da CBIC, as 4.669 obras do PAC paralisadas até meados do ano passado já consumiram investimentos de R$ 70 bilhões. Para a conclusão delas, seriam necessários mais R$ 40 bilhões.
"Estamos propondo ao governo unir todos os atores –governo federal, órgãos de controle, Legislativo e setor privado- para encontrar mecanismos para concluir esses projetos sem burocracias", afirma.
José Carlos Martins diz que é preciso "sair da caixinha" e buscar formas novas para tirar esses projetos do papel e concluí-los, com regras específicas para essas obras. Ele cita que 2% dessas obras respondem por 41% da necessidade de investimento e exigem tratamento especial.
O relatório elaborado pela CBIC mostra que as Unidades Básicas de Saúde têm em média 70% de execução. Ou seja, já estariam próximas de serem concluídas. E são importantes do ponto de vista social e econômico. São cerca de 1.700 unidades de saúde com obras paralisadas, que necessitam de R$ 200 milhões para serem concluídas.
José Carlos Martins reconhece que o momento é de escassez de recursos, mas é preciso sentar para analisar e priorizar as obras que seriam retomadas imediatamente.
"O setor pode dar sua contribuição para melhorar o ritmo da economia", disse ele.