ECONOMIA DE ENERGIA ATRAVÉS DE FACHADA
- Revista Contramarco
- 24 de abr. de 2017
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O escritório italiano Giovanni Vaccarini Architetti projetou, no centro histórico de Genebra, os novos escritórios da nova sede da Sociedad Privada de Gérance (SPG). O trabalho envolveu a conversão e extensão do edifício existente, começando com uma fachada de vidro que atende à necessidade de garantir a proteção solar para os interiores e, ao mesmo tempo, permitir máxima permeabilidade visual.
A fachada também permite melhorar o desempenho acústico e térmico do edifício, por meio de uma dupla camada, que permite que o envelope seja ventilado naturalmente e o sistema de ventilação perimetral, combinado com o sistema de ventilação forçada interna, reduz o consumo de energia total. Os elementos estruturais de aço da fachada, produzidos por Stahlbau Pichler produzem um ritmo modular sobre os painéis de vidro, dando um peso material aos reflexos de luz.
O sistema da fachada é definido por regras simples que, através da sua repetição, produzem um desenho complexo de elementos que varia com o tempo e com as condições de luz. O arquiteto foi inspirado pelos princípios de Kandinsky, identificando a variável tempo e sua capacidade de realizar uma varredura das superfícies capaz de definir o ritmo composicional que muda a percepção do volume arquitetônico.
A fachada é composta por uma camada tripla de vidro (câmara quente) a qual se agrega uma quarta camada com uma câmara ventilada contendo as persianas micro-perfuradas para regular a luz. As telas feitas de vidro serigrafado são ancoradas no exterior, dando à superfície externa da fachada um padrão modular variável, tanto em termos das dimensões do painel como do desenho na sua superfície.
Visto de dentro, a envolvente de vidro produz um efeito que o arquiteto descreve como a "janela aumentada", por meio da qual a visão do ambiente em torno do edifício é amplificada, refletida e transformada pelas lâminas de luz. Do lado de fora, a superfície "grossa" dos painéis de vidro serigrafados e o aço tornam-se um volume e definem o próprio corpo da arquitetura, cujos contornos se desmaterializam em uma entidade material pulsante sensível às mudanças de cor na área circundante. O efeito disso é que nossa percepção do edifício é continuamente transformada. As visões sobrepostas que temos dela, tanto de dentro como de fora, produzem um efeito cinético.
Fonte: Archdaily Brasil
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