Filmes fotovoltaicos orgânicos, também conhecidos por OPV (Organic Photovoltaics), são filmes plásticos impressos com uma tinta orgânica capaz de produzir energia solar. A inovação é 40 vezes mais leve, 50% mais transparente e 100% flexível em relação às convencionais placas rígidas usadas nas outras gerações.
Além disso, o OPV possui características que permitem aplicações em locais onde as tecnologias existentes não se aplicam. “O OPV tem baixa dependência do ângulo de incidência solar, bloqueio de raios UV e infravermelho, além de altamente customizado em termos de cores e formato”, afirma Marcos Maciel, CEO da empresa brasileira Sunew, que produz o material.
O processo produtivo das membranas orgânicas emite menos gases nocivos ao meio ambiente e consome menos energia do que as tecnologias tradicionais no mercado, figurando como a tecnologia fotovoltaica com menor pegada de carbono disponível atualmente. Todas essas propriedades permitem a união do design com energia e sustentabilidade.
Empreendimento inovador e sustentável
Idealizado pela construtora Inovalli, um novo empreendimento paulistano foi pensado como modelo para uma nova geração de construções que aliam inovação e sustentabilidade. Por meio da parceria entre a Sunew, a Unividros e instaladores do sistema SolarVolt, a tecnologia OPV, considerada de 3ª geração, será implantada na fachada de um prédio na capital paulista, a ser inaugurado ainda no primeiro semestre de 2017.
O novo empreendimento é o primeiro da América Latina a receber vidros com essa tecnologia e se tornará o prédio com maior fachada fotovoltaica do mundo, gerando a energia mais verde possível hoje, com OPV. Tal aplicação irá gerar energia suficiente para manter 66 estações de trabalho, além de evitar a emissão de 578 toneladas de CO2 por ano.
Além de compor os vidros padrões da fachada, criando um design diferenciado à edificação, os filmes serão utilizados como parte da comunicação visual. A iniciativa marca o início da disponibilização da solução OPV para o consumo em larga escala no mercado mundial. “Um investimento de 100 milhões de reais foi realizado para o desenvolvimento da tecnologia e implantação da fábrica, que hoje tem capacidade produtiva de 400 mil m2 de filmes fotovoltaicos orgânicos por ano”, afirma Marcos Maciel, CEO da Sunew.