Com 29 mil m² de área construída, o projeto buscou a diversidade e flexibilidade dos espaços de aprendizagem
O colégio paulistano São Luís transferiu sua sede da Avenida Paulista para a Vila Mariana, próximo ao Parque do Ibirapuera, um dos pulmões verdes da cidade de São Paulo. Enquanto o edifício anterior dispunha de múltiplos andares com ocupação densa do terreno, a nova localização possui um espaço horizontalizado, que possibilita o uso de 1.200 toneladas de aço, permitiu uma distribuição interessante das salas de aula e a criação de grandes espaços, pátios, pés-direitos amplos, biblioteca centralizada e até mesmo um auditório e uma capela.
Sérgio Athié, arquiteto responsável pelo projeto, explica que o maior desafio da obra foi a implementação do colégio no novo terreno, que possuía uma limitação do gabarito de altura, não podendo ultrapassar os nove metros. “Então, a ideia foi trabalhar com pisos em meio nível, como se fossem criados um térreo mais baixo em relação à rua e um térreo mais alto, o que permitiu organizar os fluxos de embarque e desembarque dos alunos.”
Dessa forma, Athié aponta que o aço se adaptou muito bem a essa necessidade do meio nível, da construção de rampas e dos grandes vãos de cobertura, que eram necessários para o pátio. “Ou seja, a estrutura se ajustou aos desafios, permitindo a implementação de todo o programa, ainda que com a limitação do gabarito.”
Para o Centro Brasileiro de Construção em Aço (CBCA), nesse caso, a construção industrializada em aço ainda possibilitou uma estratégia de simultaneidade de operações como realização das fundações junto à montagem da estrutura metálica. “Possibilitando a formação da superestrutura, da estrutura dos pisos em subsolo e da escavação simultaneamente, tudo graças aos sistemas construtivos em aço.”
A entidade também aponta o ganho de tempo como um benefício ao se utilizar o aço, que segundo Athié, ajudou a viabilizar a obra em torno de apenas 12 meses. Uma aceleração da entrega do edifício em cerca de 3 meses.
Além disso, ainda existe uma cobertura em telhas metálicas trapezoidais com isolamento termoacústico sobre cerca de 70% do prédio, enquanto os outros 30% foram feitos em lajes steel deck para sustentar tanto os jardins de cobertura, como as três quadras descobertas. Com todas essas características, a nova sede do colégio São Luís possui uma arquitetura moderna, que reflete as inovações pedagógicas da escola e onde a espacialidade foi desenvolvida com o conceito de que todos os ambientes, além das salas de aula, possam ser lugares de aprendizagem.
Fonte: CBCA/Assessoria Comunique-se
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