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Edição nº172 março/abril 2025

ESPECIAL:
MÃO DE OBRA QUALIFICADA: CAUSAS E POSSÍVEIS SOLUÇÕES

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A crise de mão de obra na construção civil é um problema que se reflete na economia do país e na competitividade do setor. A falta de profissionais qualificados é um dos principais fatores que contribuem para o aumento dos custos e atrasos nas entregas de obras, pressionando o nível de produtividade. 

Várias são as causas da crise, mas há soluções que podem ser aplicadas, como, por exemplo, o investimento das empresas na capacitação interna, no fortalecimento da relação com seus trabalhadores e nos recursos em tecnologia, gestão digital e processos padronizados, entre outros.

Nossa equipe de reportagem entrou em contato por e-mail, telefone e aplicativo de mensagens com diversos profissionais e especialistas no assunto, buscando reunir informações e dicas atualizadas para que você tenha em mãos dados confiáveis, que podem servir de orientação para seus negócios. 

Em outubro de 2024, o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) discutiu em webinar (seminário efetuado pela internet) as possibilidades de atração de mão de obra para o setor. Os trabalhadores ocupados (assalariados com e sem carteira de trabalho e por conta própria, formais e informais) na construção civil brasileira somavam 7,065 milhões, dos quais 1,582 milhão no Estado de São Paulo (dados de 2023). 

Acima dos 40 anos 

No Brasil, o trabalhador médio do setor é homem, tem cerca de 41 anos e o ensino fundamental incompleto. Em sua maioria, trabalha por conta própria de modo informal, cerca de 37,9 horas semanais e teve renda média mensal de R$2.116,13 em 2023. A mão de obra feminina representa 4,4% do total de ocupados.

No Estado de São Paulo, o trabalhador médio da construção é homem, tem cerca de 43 anos e o ensino fundamental completo. Em sua maioria, também trabalha por conta própria de modo informal, cerca de 38,8 horas semanais e teve renda média mensal de R$2.552,99 em 2023.

Estes são alguns dos resultados de um estudo encomendado pelo SindusCon-SP à consultoria Ecconit sobre o perfil destes trabalhadores. O estudo foi apresentado por Ana Maria Castelo, sócia da Ecconit, no webinar conduzido por Eduardo Zaidan, vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, realizado em 8 de outubro passado.

Abrindo o webinar, Yorki Estefan, presidente do SindusCon-SP, assinalou que “o estudo traz uma base sólida para nossas ações de enfrentamento à falta de mão de obra. Já estamos atuando em diversas frentes para encontrar alternativas. E o estudo indica que estamos no rumo correto. O SindusCon-SP seguirá estimulando a industrialização, tornando a construção mais atrativa. Em paralelo, continuaremos com nossas iniciativas de capacitação e busca de novos ingressantes nas profissões do setor”.

Segundo Eduardo Zaidan, a Missão Técnica que visitou a Espanha recentemente, constatou os mesmos problemas vivenciados pela indústria da construção brasileira em relação à mão de obra: envelhecimento dos trabalhadores, dificuldade de retê-los, falta de interesse de jovens, assim como as medidas de mitigação — realização de treinamentos e o esforço em interessar jovens entre 15 e 17 anos nas profissões do setor.

Informalidade 

Em sua apresentação, Ana Castelo mostrou que, entre 2012 e 2023, a informalidade (conta própria informal e assalariado sem carteira) aumentou, passando de 63,1% para 67% do total de ocupados na construção brasileira. Nesse período, a remuneração média ficou relativamente estável (0,3%). Já em relação a 2019, houve alta de 10,3%.


Na construção civil paulista, a informalidade teve pequena queda entre 2012 e 2023, passando de 63,6% para 62,6% do total de ocupados no setor. Nesse período, a remuneração média caiu 4,5%. Mas em relação a 2019, houve alta de 9,8%.

Formalidade 

Segundo o estudo, os trabalhadores com carteira representam 25,5% do total de ocupados na construção, ou 4,8% do total de trabalhadores assalariados formais do país. Sua idade média é de cerca de 37,9 anos, têm ensino médio incompleto. Em 2023, trabalharam em média 41,5 horas e tiveram renda média mensal de R$ 2.859,89, elevação de 2,5% em relação a 2019. Desses trabalhadores, 9,2% são mulheres.


Já os trabalhadores formais da construção no Estado de São Paulo em 2023 representaram 27,1% do total de ocupados no setor ou 3,8% do total de trabalhadores assalariados formais do Estado. Sua idade média era de 37,6 anos, tinham ensino médio incompleto e renda média de R$ 3.661,09, uma alta de 8,3% em relação a 2019. As mulheres representavam 12,4% deste contingente.
 

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